Consumidor assíduo de lacticínios, o animal já conseguiu produzir 109,5 litros de leite em apenas um dia

Consumidor assíduo de lacticínios, o animal já conseguiu produzir 109,5 litros de leite em apenas um dia

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Divulgação / Video / ‘La Vaca de Mármol’

Se por um lado Fidel Castromanifestou ideais políticos firmes e discursos de revolução, em sua vida pessoal fez questão de nutrir alguns hábitos pessoais bastante específicos; era habitualmente visto com roupas da Adidas, colecionando charutos e, ainda mais especificamente, tinha uma paixão por um alimento rico em proteínas.

O chefe de estado era assíduo consumidor de leite de vaca, prática conhecida como lactívoro. Com o composto, consumia sorvetes, queijos e outros derivados em larga escala, conforme diversos membros do governo e diplomacia presenciou.

Sabendo disso, a busca pela produção e consumo cada vez maior proporcionou a criação de uma “supervaca”, nomeada como Ubre Blanca.

Confira 5 curiosidades sobre Ubre Blanca, a supervaca de Fidel.

1. Plano de fundo

Diversos relatos aproximam a paixão de Fidel pelo ingrediente; o novelista Gabriel García Márquez relatou ter visto o cubano tomar 18 bolas de sorvete após um almoço, como informou a VICE. Em um dos planos de tentar matar o líder, a CIA cogitou envenenar seu milk-shake, tamanha frequência de consumo.

Com o interesse em expandir a produção no país, ele notou um curioso fato; a criação de gado em Cuba favorecia as vacas e bois do tipo zebuíno, cuja produção de leite era minoritária em relação a de carne. Com tal fato, teve de buscar uma alternativa para adaptá-las ou, se possível, trocá-las por produtoras de leite.


2. Iniciativa ousada

Ao descobrir que as taças europeias eram as mais comuns na produção de leite, soube que a adaptação ao clima da ilha seria inviável. Contudo, não descartou a genética, consultando cientistas para ver a possibilidade de cruzar as zebus cubanas com uma raça leiteira proveniente da Holanda, chamada de Holstein.

A iniciativa teve seus primeiros testes a partir de um anúncio feito pelo próprio líder em 1966, calculando que a vaca zebu, que produzia cerca de 1,5 litro por dia, poderia atingir 10 litros no mesmo período caso fosse cruzada.


3. Nasce a leiteira

Em 1972, o cruzamento foi efetivo e a criação foi nomeada Ubre Blanca, tradução direta do espanhol para “úbere (sinônimo de mamas) branco”. O nascimento do animal não apenas foi comemorado, mas era peça visitada por estrangeiros em visitas guiadas pelo próprio Fidel, mostrando em específico os seios fartos da vaquinha.

Dez anos depois, ela esteve em seu auge: produziu, em apenas um dia, 109,5 litros de leite em junho de 1982. Tal ocasião foi registrada pelo Livro dos Recordes Guinness, como maior quantia em 24 horas produzida por um animal. A tentativa de sucesso foi atingida com auxílio de tratadores em vários turnos, além de alto-falantes com música calmante.


4. Patrimônio nacional

Símbolo da tecnologia e produtividade socialista, a comemoração por seu êxito resultava em cuidados especiais internos; os tratadores ocupavam 24 horas em revezamento para garantir sua saúde, além de ter a ração testada por outros animais com receio de sabotagem de opositores e até diplomatas.

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Estátua da vaca Ubre Blanca instalada em Cuba / Crédito: Divulgação / La Isla de Juventud

 

Apesar de tentar ter sido cruzada em massa, as outras vacas do programa não obtiveram o mesmo resultado, sendo Ubre Blanca a joia rara de Fidel, recebendo estátua e, após sua morte, sendo empalhada em uma redoma de vidro no Centro Nacional de Veterinária, onde recebe ventilação controlada.


5. Despedida da vaca

Apesar de todo o cuidado, a correção da natureza se fez por uma doença relacionada ao estresse e excessiva produtividade; Blanca desenvolveu um câncer, que impossibilitou a continuação da produção de leite, sofrendo eutanásia e tendo um publicado no Granma, o jornal principal do país.

Em 2002, Fidel ainda tentou criar um programa de clonagem para reproduzir sua capacidade em outras vacas usando seus óvulos e outros materiais genéticos — porém, o plano não foi concluído.

Consumidores brasileiros têm se surpreendido com a alteração do nome do queijo nas embalagens. Essa mudança foi definida em um acordo entre União Europeia e Mercosul.

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