“Há um nível de desigualdade que não toca apenas no problema da estrutura fundiárias, mas também questão de raça e gênero”, explica. Baseado em dados coletados nos últimos anos, Pereira Leite ress atualmente no Brasil há uma concentração de homens brancos à frente dos latifúndios, enquanto neg pardos, e poucas mulheres estão principalmente nas pequenas propriedades. “Este modelo extremam concentrado não favorece um desenvolvimento mais democrático, nem mesmo sustentável”.
Investimentos internacionais
“O Brasil, historicamente, é um país com uma das maiores concentrações de terra no globo”, detalha o economista. E é também “o 5° país com maior procura por terras ao redor do planeta”, frisa o pesquis lembrando que essas áreas são buscadas principalmente para a produção de commodities.
Porém, se antes apenas os grandes players internacionais da alimentação atuavam no setor agrário, a investidores vindos de todos os horizontes se interessam pelas terras brasileiras. Uma das pesquisas de Pereira Leite aponta a presença de fundos de pensão norte-americanos entre os investidores na agricultura brasileira. “O interessante dessa nova ‘corrida por terras’ é que ela mobilizou atores, como Soros, por exemplo, que não é um especialista na questão agrícola, ou ainda fundos, como o Google, buscam na terra um ativo de valorização financeira”, resume o economista.
“Os dados oficiais no Brasil indicam algo ao redor de 3 milhões de hectares de terra estão sob o contr estrangeiros. Eu acho esse dado subdimensionado. A minha estimativa, com base em pesquisas que estamos realizando é que essa cifra é três vezes maior ou mais Pois em vários casos a propriedade estamos realizando, é que essa cifra é três vezes maior, ou mais. Pois em vários casos a propriedade áreas não está no nome da holding financeira internacional, mas sim de uma empresa ‘nacional’, criad essa finalidade de adquirir aquele imóvel rural”, avalia.