Os desafios de produzir leite no Brasil são grandes.

 

Os desafios de produzir leite no Brasil são grandes. Há escassez de mão de obra qualificada, baixa produtividade, índices zootécnicos aquém dos desejados, alta volatilidade dos preços pagos aos produtores, exigência por qualidade, distâncias longas entre fazendas e laticínios, o que dificulta a logística; contudo, o maior deles, atualmente, é o elevado custo de produção.

De acordo com números divulgados no indicador de custo de produção da Embrapa Gado de Leite (ICP Leite), em 2020, o produtor gastou 10,7% mais para produzir o mesmo quilo de leite, sendo que, em 2021, a alta atingiu 30%.

Ou seja, somente nos dois últimos anos, as despesas do pecuarista cresceram 40,7%.

Como resultado desta conjuntura, a atividade torna-se cada vez mais desafiadora, mas, por outro lado, a produção se eleva a cada ano, seguindo uma tendência mundial de concentração da produção nas mãos de um número menor de pecuaristas cada vez mais profissionais e tecnificados.

Esta maior tecnificação tem levado o setor leiteiro à evolução de forma positiva nos últimos anos, tanto em produtividade, nutrição e tecnificação quanto em relação às questões de sanidade dos animais, infraestrutura e desenvolvimento sustentável.

“Já podemos mostrar para o mundo que no Brasil é possível fazer uma pecuária de baixo carbono, sustentável, com redução do uso de antibióticos e que contemple os princípios de bem-estar animal.”

Essa é a constatação da zootecnista Elissa Forgiarini Vizzotto, que chega à Premix-Agrocria com a missão de desenvolver produtos que atendam às novas necessidades do setor. Ela assume a Coordenadoria Técnica de Bovinos de Leite da empresa.

“A produção de leite não tem mais espaço para amadores. O produtor tem de focar maior atenção da ‘porteira para dentro’ e deve ser estrategista, para se tornar eficientemente produtivo.

Por isso, terá de investir mais em profissionalização e assistência técnica, para atender a um mercado cada vez mais exigente e com alta volatilidade dos preços das matérias-primas”, ressalta a coordenadora técnica de Bovinos de Leite da Premix-Agrocria.

Elissa é neta de produtores de leite e nasceu no interior do Rio Grande do Sul. Formou-se em Zootecnia na Universidade Federal de Santa Maria e concluiu mestrado e doutorado em Nutrição e Produção Animal com ênfase em bovinos de leite na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Também teve passagem marcante pelo departamento técnico da Salus Nutrição Animal, onde, por três anos, aprimorou as habilidades em qualificação de matérias-primas para o desenvolvimento de produtos para bovinos de leite.

“Elissa será responsável por um trabalho de desenvolvimento do segmento na Premix-Agrocria, buscando compreender as principais demandas da produção leiteira nos mercados assistidos pela empresa”, explica Bruno Pietsch C. Mendonça, diretor Comercial da Premix-Agrocria.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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