Entre as políticas para o setor está o Plano ABC, que possibilitou a redução de cerca de 170 milhões de toneladas de CO2.
Medidas adotadas pelo Governo com foco em tecnologias sustentáveis, também serão pauta na Cúpula do Clima. - Foto: Banco de imagens

Os produtores rurais brasileiros estão comprometidos com a sustentabilidade na produção de alimentos. A garantia deste compromisso está nos documentos entregues pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao Governo Federal para serem apresentados na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que ocorre de 1º a 12 de novembro em Glasgow, na Escócia.

Medidas adotadas pelo Governo brasileiro para o setor, com foco em tecnologias sustentáveis, também serão pauta na Cúpula do Clima. Como o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC), política que adota tecnologias para diminuir o impacto ambiental na agropecuária. Entre elas criar floresta plantada, recuperação de pastagens, plantio direto, Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) no solo, manejo de dejetos de animais e integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

No período de 2010 a 2020, a meta era aplicar a tecnologia em 35,5 milhões de hectares e diminuir a emissão de CO2 na atmosfera entre 132 a 162 milhões de toneladas. No entanto, as previsões foram superadas. As tecnologias do Plano ABC chegaram a 52 milhões de hectares, possibilitando a redução de cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.

Desafios

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, garantiu que vai defender os interesses nacionais nas negociações climáticas e que o país tem uma meta ambiciosa de reduzir em 43% as emissões de gases de efeito estufa até 2030. Segundo o ministro, em dez anos, o setor agropecuário vai absorver da atmosfera 40% desses gases e vai garantir a segurança alimentar mundial.

“O Brasil tem um desafio, conforme escrito no Artigo 2 do Acordo do Clima, de reduzir emissões, erradicar a pobreza, que é gerar emprego e renda, e garantir alimento ao mundo. Esse é um desafio que poucos países têm. O Brasil tem esses três desafios até 2050”, destacou Joaquim Leite.

Para construir o posicionamento oficial do Brasil na Cúpula do Clima, o Governo Federal buscou contribuições de diversos setores, entre eles 200 associações, entidades de classe, organizações e setor empresarial. “Com o esforço do Governo Federal de uma forma integrada, da iniciativa privada atuando com empreendedorismo, com inovação e com recursos e incentivos econômicos, nós vamos chegar lá. Nós vamos ter, com certeza, uma economia verde”, disse o ministro.

A CNA vai participar da COP26 para apresentar as ações do agronegócio brasileiro para promover a sustentabilidade. “O Brasil e o produtor rural brasileiro tem muito a mostrar na COP26 de bons exemplos de esforço que vem sendo realizado no sentido de conciliação cada vez maior entre a produção de alimento e a sustentabilidade ambiental no nosso país”, destacou o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço.

A COP 26 vai reunir, na próxima semana, 196 países signatários do Acordo de Paris, firmado em 2015 para evitar o aumento da temperatura média do planeta em 1,5° a 2,0°C até o ano de 2100.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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