Um projeto da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE), em Garanhuns, está desenvolvendo pesquisas com leite de jumenta para abastecer bancos de leite de hospitais neonatais.
A iniciativa, criada em 2018, também pode ajudar na preservação da espécie, hoje em risco de extinção.
De acordo com os pesquisadores, o leite asinino é o mais próximo ao materno humano, com alto valor nutricional, fácil digestão e baixo risco de alergias. A expectativa é que o produto esteja disponível para UTIs a partir de 2026, inicialmente em pó, para garantir maior segurança e durabilidade.
Além de reforçar a saúde neonatal, o projeto prevê a produção de queijos, cosméticos, iogurtes e sorvetes, buscando transformar a experiência em startup. No mercado internacional, o queijo de leite de jumenta pode custar até 80 vezes mais que o convencional.
Os pesquisadores acreditam que a reinserção dos jumentos no sistema produtivo pode gerar renda para famílias no campo e, ao mesmo tempo, contribuir para a preservação da espécie.