Inicialmente, a mudança será possível com a substituição dos equipamentos da fábrica de 20.000 metros quadrados em São Sebastião do Paraíso (MG). Hoje, a produção diária é de 250 mil unidades de manteiga por dia (o equivalente a 1.200 toneladas por mês); 25 mil potes de doce de leite; 40 mil copos de requeijão; além de 20.000 litros destinados à produção de queijos. “Há dez anos fizemos uma grande reforma e investimos em logística e armazenagem. Hoje temos os equipamentos necessários para aumentar a produção”, diz Roberto Rezende Pimenta Filho, diretor comercial da Laticínios Aviação.
Roberto trabalha com a irmã, Marina Resende Pimenta Portinari, responsável pelos processos de produção e qualidade da empresa. Eles fazem parte da quarta geração da mesma família de proprietários da Aviação, que nasceu em 1920 com um comércio de secos e molhados na capital paulista e uma indústria de laticínios em Passos (MG). O nome era uma homenagem à extraordinária tecnologia surgida na época.
De lá para cá, a companhia foi para a paulista Bebedouro, do outro lado da divisa, até voltar para Minas, em 1978, onde está sediada. Apesar da tradição, estampada em uma lata que teve apenas três modelos em quase 100 anos, a empresa diversificou a linha de produtos. Além do doce de leite, do requeijão e dos queijos, nos últimos dois anos a Aviação vem investindo em café e acabou de lançar uma marca de cappuccino. “A briga no café é com as ‘manteigas Aviação’ do café”, diz Roberto, referindo-se a marcas há muito estabelecidas no setor. Mas é a manteiga, ofertada em potes de plástico, em tabletes e na famigerada lata, que continua sendo o carro-chefe. O produto representa 65% de todo o faturamento, estimado em R$ 340 milhões em 2018.