No caso do milho, analistas do Cepea indicam que as cotações podem variar entre estabilidade e queda neste ano. “Isso porque os produtores foram incentivados pelos bons preços do grão nos últimos meses e pelo rápido semeio da soja, que beneficiará o cultivo da segunda safra de milho”, explica.
Já para a soja, a equipe da entidade indica que a expectativa de nova safra recorde em 2019 pode não se concretizar, pois o crescimento na área será insuficiente para compensar a possível queda na produtividade. O clima seco em dezembro antecipou o ciclo das lavouras implantadas em setembro, prejudicando o potencial produtivo em muitos estados brasileiros.
Por outro lado, as exportações de soja em grão e derivados podem não atingir os patamares do ano anterior, tendo em vista a boa produção na Argentina e também a trégua na disputa comercial entre a China e os Estados Unidos, contexto que elevaria a disponibilidade doméstica.
Quanto aos insumos pecuários importados, como o fosfato do sal mineral, ureia e fertilizantes, devem seguir o movimento do câmbio. “Vale lembrar, no entanto, que esses insumos compõem apenas 3% dos custos, não impactando expressivamente na rentabilidade do produtor”, destaca o Cepea.