A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assegurou que o governo está estudando uma medida compensatória para que as importações de leite em pó

 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assegurou que o governo está estudando uma medida compensatória para que as importações de leite em pó da Europa e da Nova Zelândia não prejudiquem o setor lácteo brasileiro. A informação foi dada ao Broadcast Agro pelo presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra.

O representante do Sindilat participou de reunião com a ministra, nessa terça-feira (26), em Brasília, de reunião juntamente com uma comitiva de produtores gaúchos. “Saímos convictos de que esta medida compensatória deva ser anunciada em até 30 dias, pois ela garantiu que o texto está sendo desenhado pelo governo”, disse.

Ao Broadcast Agro, Guerra não detalhou, porém, que tipo de medida compensatória seria adotada. “A ministra não revelou, talvez por questões estratégicas”, comentou, acrescentando que se mantém confiante de que “alguma solução será dada”.

Entre eles, Guerra mencionou ao Broadcast Agro o reforço à assistência técnica a produtores que, pelo fato de não atenderem aos padrões sanitários do leite entregue ao laticínio, estariam ameaçados de serem cortados como fornecedores. “Em vez de excluir o produtor porque o leite que ele entregou à indústria tem altos níveis de contagem bacteriana total (CBT), o ideal seria atendê-lo para melhorar seus processos e qualidade do leite”, disse.

Outra questão seria a adoção de prazos gradativos para algumas exigências das novas INs, como a entrega do leite na plataforma do laticínio sob a temperatura máxima de 7 graus. “Para conseguir atender a essa exigência o produtor deve ter equipamentos apropriados, como resfriadores. Por isso, pleiteamos crédito mais acessível”, informou à reportagem.

O presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, relata o Sindilat, manifestou a importância das mudanças nas INs para que produtores não sejam excluídos da atividade leiteira. “Só nós, teremos mais de 50% dos produtores afetados”, assinalou.

Conforme o Sindilat-RS, os pleitos foram entregues oficialmente em documento, idealizado por Sindilat, Fetag, Apil, Emater, IGL, Fecoagro, Farsul, SEAPDR, Findesa, Famurs, Asamvat e Avat. A reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi marcada pelo deputado federal Heitor Schuch e contou com a participação de outros parlamentares, como Afonso Hamm, Dionilso Marcon e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira.

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