Conaprole – A Conaprole está apostando contra a ampla substituição mundial de leite de vaca, e a cooperativa de laticínios uruguaia inaugura uma nova fábrica de US$ 35 milhões para produtos Premium como as fórmulas infantis.

Conaprole – A Conaprole está apostando contra a ampla substituição mundial de leite de vaca, e a cooperativa de laticínios uruguaia inaugura uma nova fábrica de US$ 35 milhões para produtos Premium como as fórmulas infantis.

A mudança de gosto de consumidores dos Estados Unidos e em outros países desenvolvimentos, onde o consumo de leite vem caindo há décadas, levou empresas como a Dean Foods e a neozelandesa Fonterra investir em mercados de iogurtes “vegetais” ou proteínas da bioengenharia.

“Não estamos preocupados com esse segmento porque não estamos convencidos de que este seria o caminho a seguir”, disse o diretor da Conaprole, Álvaro Ambrois. “Nosso foco é na qualidade dos nossos produtos de leite de vaca”.

Ambrois lembrou que os consumidores abandonaram a manteiga em favor da margarina, para agora, voltarem, devido às preocupações sobre os efeitos de óleos vegetais na saúde. Embora cético em relação aos substitutos lácteos, ele atende países de baixa renda com produtos lácteos mais baratos, que incorporam óleos vegetais.

Ambrois está otimista em relação à participação nas exportações para a China, que cresce a cada ano, chegando a aumentar 6,4% em 2018.

Enquanto rivais como Nova Zelândia e Austrália desfrutam de acordos de livre comércio com a nação asiática, a Conaprole pode vender mais para a China no caso de conseguir diluir os elevados custos locais dos produtores, disse ele. No Brasil, a companhia observa um forte crescimento da demanda para diversos de seus produtos um sinal de que pode estar aumentando o crescimento. Consideraram a possibilidade de produzir lácteos no Brasil no início da década, mas, decidiram continuar investindo no Uruguai.

Apesar do Uruguai ser considerado o país menos corrupto da América do Sul, as empresas que operam lá enfrentam alguns dos maiores custos de energia das Américas, moeda forte e um sindicalismo militante.

“Estamos abertos a estudar qualquer tipo de projeto. Mas, por enquanto, melhorar a eficiência das operações domésticas da Conaprole é prioridade”, disse Ambrois.

No ano passado, depois de anos de preços baixos e dispendiosas disputadas trabalhistas levaram os 1.900 produtores de leite associados à cooperativa a discutirem a possibilidade de vender a empresa de 83 anos de idade.

O conselho não está buscando uma venda, disse Ambrois, que previu um crescimento de 7%, similar ao do ano passado, em meio à recuperação nas cotações dos preços dos lácteos.

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