As novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A, determinadas pelas instruções normativas (INs) 76 e 77,

 

As novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A, determinadas pelas instruções normativas (INs) 76 e 77, entraram em vigor no final de maio deste ano. A partir da decisão, houve o reenquadramento de toda a região Sul. A instrução 76 trata das características e da qualidade do produto na indústria. Na instrução 77, foram estabelecidos critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro ao consumidor. As regras abrangem desde a organização da propriedade rural, suas instalações e equipamentos, até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose.

De acordo com o médico veterinário do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) Gelson Hein, informações extraoficiais apontam que aproximadamente 30 a 35% das propriedades deveriam promover ajustes na produção para evitar riscos na regional de Toledo. “Os produtores precisam estar bem atualizados, desde no serviço de orientação do técnico até como os profissionais podem atuar e evitar penalidades para o agricultor”.

Hein salienta que a preocupação da assistência técnica, basicamente, é com o número de variações da qualidade do leite ao longo do ano. “O que mais pesa, normalmente e pode ser atualizado, é a contagem de células somáticas. Quanto maior o número, maior é a contaminação com a presença de bactérias”. Ele explica que o parâmetro final da análise deve estar de acordo com o índice preconizado pela instrução normativa. “Com esses dois parâmetros, nós realizamos o controle da propriedade de como está a qualidade do leite do produtor”. No entanto, o produtor pode correr riscos se o leite não estiver por três meses consecutivos de acordo com a média ponderada. “Um produtor que tem um mês acima de 500 ml vai ter que cuidar para que no próximo mês tenha um valor menor. O cálculo é retroativo dos três meses e, assim sucessivamente”, relata o profissional. Ele complementa que caso o produtor ultrapasse o valor limite por três meses, ele não teria o seu leite mais comercializado para o laticínio. “Isso é um fator que o agricultor deverá superar. Quando tem um mês com problema, ele vai ter que cuidar os outros meses para ser menor para que a média não alcance os parâmetros”, afirma Hein.

Para isso, o médico veterinário salienta que o produtor deve buscar por informação, pelo trabalho da assistência técnica e próprio laticínio. Além de observar os seus números. “Ele tem um produto que pode não vender e deve tomar muito cuidado em relação a isso. É uma situação complicada. Em alguns casos resolvemos rapidamente, mas outros são complexos”.

CADEIA – O primeiro critério para seguir os parâmetros é manter uma boa higiene. Além de boas práticas na ordenha, de higienização dos utensílios e uso de produtos eficientes e eficazes. “O produtor também precisa antecipar qualquer problema em sua propriedade e buscar por mais profissionalização do serviço, principalmente, ao “que está relacionada a qualidade de seu leite”.

Hein afirma que com uma qualidade melhor no produto a expectativa é que toda a cadeia seja beneficiada, inclusive nacionalmente. “Existe a possibilidade de abertura de novos mercados”.

Atualmente, a regional de Toledo possui entre oito a dez mil produtores de leite. Esses trabalhadores, de acordo com o médico veterinário, superam o valor do leite. “Geralmente, no inverno, no Sul do Brasil temos uma falta de leite e, com isso, temos um acréscimo. Porém, isso não aconteceu neste ano”, lamenta. Hoje, o produtor recebe em torno de R$ 1,20 a R$ 1,30 pelo litro do leite. “Alguns ganham mais, outros ainda menos”.

Com as novas instruções, o objetivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é promover a competitividade do setor lácteo brasileiro em comparação com os mercados internacionais, e assim garantir renda e sustentabilidade para o setor em todo o país.

Companhia do interior de São Paulo deve faturar mais de R$ 1 bilhão e descarta boatos de venda; mirando um eventual IPO, o plano é crescer com M&As, com dois negócios já no gatilho.

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