A informação foi levantada na última semana pelo Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) junto a mais de dez empresas associadas. Pelos números do último relatório da cadeia leiteira, publicado pela Emater em 2017, significa que até 3,25 mil produtores ligados à indústria estão com a captação interrompida.
Para a veterinária Letícia Vieira, consultora em Qualidade do Sindilat, o número é “muito baixo” e está relacionado à assistência técnica prestada pelos laticínios. “Foi feito um trabalho intenso de conscientização junto aos produtores para adequação à nova legislação”, afirma. Para aqueles que não conseguiram atingir os parâmetros, Letícia recomenda que, primeiro, identifiquem os fatores que estão gerando o problema e depois tentem adequar as instalações para chegar aos níveis desejáveis – a Contagem Padrão em Placas deve ser de, no máximo, 300 mil unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/ml) e a Contagem de Células Somáticas (CCS) de, no máximo, 500 mil células por mililitro (CS/ml).
O secretário-geral da Fetag/RS e vice-presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, diz que a Fetag ainda não tem informações próprias compiladas sobre esta realidade no campo, mas em consultas às empresas acredita que o percentual de produtores suspensos esteja ao redor dos 5%. Para Signori, o índice só não é maior porque o governo federal resolveu no início deste mês, após pressão das entidades, flexibilizar as exigências.