Produtores de leite da região de Morro Agudo, em Paracatu, estão sendo beneficiados com apoio técnico para aprimorar a produção, gestão e sustentabilidade de suas propriedades. Realizado desde o ano passado pela Nexa, o Projeto Boas Práticas Rurais beneficiou, até o momento, 26 produtores e já conseguiu reduzir o custo médio da produção do litro de leite em 14,6%, com o apoio de profissionais de agronomia e zootecnia da consultoria ESA Socioambiental.

O projeto visa promover a organização da produção e o fortalecimento socioeconômico dos produtores rurais por meio de boas práticas agrícolas (BPAs). Além do manejo adequado do solo, do rebanho e da pastagem – fundamentais para a produção do leite – o projeto também atua no aprimoramento da gestão de água e de resíduos, com ações de preservação de nascentes e estratégias de sustentabilidade.

Baseado no Plano de Desenvolvimento Local (PDL) desenvolvido pela Nexa com a comunidade de Morro Agudo, o projeto tem foco na qualidade do produto final. As visitas mais recentes da equipe foram voltadas para adequar a alimentação do gado. A iniciativa promoveu também ações de análise e correção dos solos, bem como o aperfeiçoamento dos pastos.

Em 2019, o foco foi o fortalecimento do grupo e a melhoria da alimentação do rebanho, além do envolvimento de parcerias. O projeto chega ao fim deste ano com os produtores adotando técnicas para otimizar suas pastagens e reduzir custos na alimentação dos animais. Também foram realizadas diversas atividades conjuntas com o intuito de despertar o senso de coletividade entre os produtores.

Dentre as atividades desenvolvidas estão a visita dos produtores à Expo Paracatu para conhecerem as bases da genética do gado bovino e a realização de uma rodada de negócios na Associação de Desenvolvimento Social de Morro Agudo. Na ocasião, participaram produtores, parceiros e empresas, que ofereceram seus produtos e serviços.

O evento proporcionou ao grupo, além de negociações para melhores preços dos insumos, o fortalecimento do senso de coletividade, uma vez que eles passaram a fazer estudos e preparação prévia do pasto e dos animais, diversificaram os locais de compra de insumos e começaram a produzir a própria ração. Esses fatores contribuíram diretamente para a redução dos custos de produção, resultado da adoção de boas práticas de manejo das pastagens e do rebanho.

“O nosso trabalho visa disseminar conhecimento e tecnologia para trazer mais confiança e segurança aos produtores, buscando melhorar a produtividade e reduzir os custos”, explica Mariani de Souza Barcelos Martins, zootecnista da consultoria ESA Socioambiental.