Responsável por medir o percentual de vacas que ficam prenhes em relação ao número de vacas aptas a cada 21 dias, a Taxa de Prenhez, que engloba a Taxa de Concepção e a Taxa de Serviço, é um índice que merece atenção dos produtores pelo impacto econômico que gera.
Este indicador foi o objeto de análise da 4ª edição do Índice Ideagri do Leite Brasileiro (IILB), que avaliou informações das fazendas de quase 1.000 fazendas, entre outubro de 2018 e setembro de 2019. Além da análise específica da Taxa de prenhez, o IILB 4 também avaliou a nota global de desempenho, que vai de 0 a 10, considerando 12 indicadores (inclusive a taxa de prenhez) e a nota média geral do país foi de 4,07. As fazendas Top 10% IILB obtiveram nota 6,64.
Heloise Duarte, CEO da Ideagri explica que o indicador Taxa de Prenhez também pode prever o Intervalo Entre Partos (IEP), uma vez que boas taxas de prenhez correspondem a baixos intervalos entre partos. A taxa, que pode ser obtida em um curto espaço de tempo, permite a implementação de ações corretivas em tempo hábil. “Simples ajustes no manejo, que não demandam necessariamente grandes investimentos financeiros, podem surtir efeito na taxa e na lucratividade da fazenda”, comenta.
Considerando a diminuição da produtividade de leite no final da lactação com o prolongamento do IEP, estima-se uma queda de 70 ml de leite por dia por matriz (considerando uma produção de 6.000 litros/lactação). Em termos de rebanho, um aumento no IEP de 1,9 meses (valor identificado na média geral das fazendas quando comparada ao Top 10%), por exemplo, aumenta o DEL (dias em lactação) médio do rebanho em 29 dias, o que se traduz em 2 litros de leite a menos, por vaca por dia.