O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira, que representa os desembolsos do produtor, aumentou 0,83% em março, levando-se em consideração a “média Brasil”, que tem como base sete estados produtores (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). Com isso, a alta acumulada do COE no primeiro trimestre atingiu 3,18%, segundo Cepea, da Esalq/USP.
“Os principais itens que influenciaram a elevação no custo nos primeiros três meses de 2020 foram o concentrado (que encareceu 6,38% no período) e a mão de obra (com alta de 3,93%)”, assinala o analista Ivan Barreto, na edição de abril do Boletim do Leite do Cepea.
Segundo ele, em março, especificamente, os preços dos alimentos concentrados utilizados para nutrição dos rebanhos leiteiros registraram alta de 1,56%, seguindo o movimento de valorização do milho observado nos últimos meses. “No acumulado do primeiro trimestre, o estado com maior elevação nos custos com ração foi Minas Gerias, com significativa alta de 8%.”
Ainda de acordo com Barreto, os fertilizantes apresentaram avanço de 3% na “média Brasil” em março. Esses insumos, pontua o analista do Cepea, acompanharam a movimentação do dólar, que se valorizou 15,81% frente ao real no mesmo período. “Os estados com as altas mais intensas nos preços de adubos e corretivos no primeiro trimestre foram Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com respectivos crescimentos de 3,38% e de 5,59%.”