Houve queda no preço do leite pago ao produtor em maio, referente à produção de abril. Considerando a média nacional, o recuo foi de 2,0%, na comparação mensal.
O recuo é devido ao escoamento mais fraco no mercado interno desde meados de março, com a pandemia de coronavírus, situação que foi agravada em abril.
Naquele momento, a relação oferta e demanda foi mais afetada, devido à queda brusca no consumo. Atualmente, o mercado do leite está “um pouco mais ajustado”, com o peso maior da entressafra no Brasil Central e região Sudeste, além dos investimentos menores do produtor, custos de produção maiores e o clima afetando a produção no Sul do país.
Para o pagamento a ser realizado em junho/20, referente a produção entregue em maio/20, o tom do mercado é estabilidade, com 42% dos laticínios pesquisados apontando para manutenção dos preços pagos aos produtores, 35% falando em aumento e os 23% restantes estimando queda, na comparação mensal.
A queda mais forte na produção nas últimas quinzenas ajustou, em parte, a oferta de leite à situação atual do consumo interno, patinando.
Com isso, o mercado deverá seguir com preços mais estáveis para o produtor no próximo pagamento.