A Prolesur da Fonterra está liderando uma recuperação histórica da produção de leite chilena, e colhe os benefícios de ter construído um bom relacionamento com os agricultores.

Fonterra/Chile – A Prolesur da Fonterra está liderando uma recuperação histórica da produção de leite chilena, e colhe os benefícios de ter construído um bom relacionamento com os agricultores.

A captação de leite no país latino-americano atingiu 1,3 bilhões de litros nos primeiros oito meses do ano, um aumento de 6,3% em relação ao ano anterior, ou 79 milhões de litros de leite a mais. Mais da metade do aumento foi comprado pela Prolesur.

“A Prolesur vem trabalhando nos últimos 18 meses para recuperar os volumes de leite perdidos entre 2018 e 2019. Isso exigiu aproximação estreita com os agricultores para recuperar a confinação e tornar os preços mais competitivos”, disse o diretor Erich Becker.

A Prolesur captou 147 milhões de litros de leite nos primeiros 8 meses do ano, 42% a mais do que os 103,5 captados no mesmo período de 2019.

A Fonterra é proprietária do processamento de leite da Prolesur e da Soprole. Juntas elas captam 20% do leite produzido no Chile.

“A produção de leite no Chile está conseguindo um aumento importante. Até agora, já está com volumes 6% acima dos verificados no mesmo período de 2019. A maior parte do crescimento é resultado do clima, especialmente na região sul do país”, disse Monica Ganley, diretora da Quarterra Consulting & Advisory, com sede em Buenos Aires.

Para os investimentos da Fonterra no Chile, que estão sob escrutínio nos últimos anos, o crescimento é uma ótima notícia, principalmente quando a cooperativa está focada em voltar suas atividades para a Nova Zelândia.

No balanço de 2019 a Soprole registrou queda de 30% em seu lucro anual, pois enfrentou uma campanha nacionalista “compre produtos do Chile” e protestos em todo o país. A Prolesur, por sua vez, teve perdas relacionadas à queda da captação de leite, quando diversos fornecedores locais abandonaram a empresa.

Os preços do leite continuam firmes, apesar de uma leve redução em agosto, com margens saudáveis motivando os produtores.

Ganley da Quarterra, no entanto, observou que o clima é o maior fator de risco – dado que grande parte do continente está em condições secas – e será fundamental que as pastagens recebam alguma chuva em breve, para continuarem crescendo.

A melhora do panorama é uma boa notícia para a Fonterra se manter firme no negócio.

O diretor executivo, Miles Hurrell, disse recentemente que o Chile é um negócio independente e “não faz parte de nossa estratégia de leite da Nova Zelândia para o mundo”.

A cooperativa ainda está confortável com “os negócios chilenos, mas precisamos ver alguma melhora no desempenho nos próximos um ou dois anos”, disse ele.

Te puede interesar

Notas Relacionadas

ASSINE NOSSO NEWSLETTER