No atacado, o preço do queijo muçarela fechou o mês com redução de 11% sobre a média de dezembro, enquanto que no leite UHT e no leite em pó as quedas foram menores. O mercado Spot seguiu a mesma trajetória com queda de 12%. A oferta de leite aquecida (período de safra na produção nacional e alto volume de importação) conjugada com o enfraquecimento da demanda (fim do auxílio emergencial, desemprego elevado, inflação dos alimentos em alta e incertezas quanto a reabertura do comércio) ajudam a explicar esse cenário. Apesar disso, os preços destes produtos ainda estão entre 20% e 31% maiores que em janeiro de 2020.
Conseleites projetam nova queda no preço do leite ao produtor para fevereiro
Em janeiro, o preço do leite ao produtor fechou com queda de 4,3%, segundo o Cepea. Para fevereiro (referente ao leite entregue em janeiro de 2021), as projeções realizadas pelos Conseleites estaduais é de nova redução, que variam de 2,4% em Minas Gerais até 8,9% no Paraná. Esses resultados refletem o enfraquecimento do mercado do leite neste início de ano baseado no mix de comercialização de produtos de cada estado.
Janeiro tem forte valorização nos preços de milho e farelo de soja
Os preços do milho e do farelo de soja voltaram a registrar valorizações expressivas neste início de 2021, após um movimento de queda pontual em dezembro. A desvalorização do real frente ao dólar, associada às projeções de reduções nos estoques que elevaram as cotações internacionais contribuíram para esse cenário de alta, apesar do baixo movimento de negociações no mercado interno. O mercado do boi acompanhou o mesmo movimento com boa valorização no mês e a arroba aproximando-se dos R$300,00 devido à restrição na oferta de animais para abate. No cenário macro, o mercado projeta que a economia brasileira deve ter fechado 2020 com queda de 4,37%, valor muito abaixo da previsão registrada em janeiro daquele ano que era de crescimento de 2,3%.