Esta carta surge na sequência de uma reunião com Lactalis em 30 de Dezembro, numa outra tentativa de negociar contratos com a OPL del Sur. Após a reunião, a OPL confirmou que não assinaria contratos que não cobrem os custos de produção, como exigido pela lei da cadeia alimentar e para que os próprios agricultores não tivessem de infringir a lei, bem como não tivessem de ser prejudicados financeiramente por não cobrirem os custos com o que a Lactalis estava a oferecer.
Face a esta situação, os representantes da OPL reiteraram a sua posição de não assinar abaixo de 0,40 cêntimos, que é estipulado como o preço mínimo para cobrir os custos.
AMEAÇA NÃO RECOLHER O LEITE MESMO QUE, POR LEI, O DEVA FAZER SE ESTIVEREM A DECORRER NEGOCIAÇÕES.
Depois de não se ter chegado a um acordo que satisfizesse ambas as partes, uma vez terminada a reunião, decidiu-se deixar o caminho aberto para o diálogo a fim de continuar a tentar negociar. Neste sentido, foi proposto que, se necessário, o Ministério nomeasse um mediador, tal como estabelecido na lei.
Contudo, nessa mesma tarde, Lactalis procedeu ao envio de uma carta ameaçadora e coerciva aos agricultores representados pela OPL del Sur para assinar com as suas condições dois dias antes do fim do contrato.
Uma situação que a plataforma criticou, porque embora exista uma vontade de continuar a negociar o contrato, legalmente a indústria leiteira não pode deixar de recolher o leite, como a lei estabelece. Contudo, para o Lactalis, de acordo com a sua carta, considera que as negociações foram interrompidas, o que lhe permitiria impor as suas condições.
Face a esta situação, a plataforma Ganaderos Lácteos Unidos considera que deu “mais um exemplo da arrogância e segurança da impunidade que esta empresa ostenta”. Contornando a lei da cadeia alimentar, rindo do Ministério e provocando e coagindo os agricultores”.
Traduzido com DeepL