O EXTRA foi a alguns estabelecimentos na área da Tijuca, na Zona Norte, fazer uma pesquisa de preços e encontrou o litro do longa vida entre R$ 6,40 e R$ 10,45.
Para se ter uma ideia, o produto integral, recomendado para maiores de 1 ano, sai a R$ 6,40, a caixa de 1 litro da marca Quatá; R$ 6,85, a unidade do Ninho Levinho; R$ 6,97, o litro do leite Glória; e R$ 6,99, o longa vida Piracanjuba.
Quem tem restrição alimentar e precisa de produto sem lactose, desnatado ou fit pode encontrar preços mais em conta nas marcas Italac desnatado (R$ 5,70), Piracanjuba semidesnatado (R$ 6,30), Quatá zero lactose (R$ 6,39), e Molico (R$ 6,85).
Os leites especiais têm um peso maior no bolso: a garrafa de 1 litro do leite desnatado das marcas Parmalat e Elegê, por exemplo, está saindo a R$ 7,99. O Itambé Pro, rico em cálcio e semidesnatado, custa entre R$ 8,99 e R$ 10,45, o litro. Já o Itambé Fit ou o Natural Milk sai por R$ 8,99. O leite zero lactose da mesma marca pode ser comprado a R$ 7,99. A caixa do leite Molico desnatado varia de R$ 6,85 a R$ 7,55.
A professora aposentada Maria de Lourdes Vianna, de 78 anos, moradora da Tijuca, estava atrás de leite integral no supermercado e reclamou dos preços:
— Por uma caixa de leite integral que eu comprava por R$ 5 agora tenho que pagar quase o dobro. E isso quando tem! Lá em casa, temos quatro crianças que bebem leite, mas do jeito que está vou ter que arrumar um bezerro. Vai sair mais barato — brincou a aposentada.
O assistente de Recursos Humanos, Newton de Moura, de 65 anos, diz que sai de Benfica, onde mora, para comprar leite na Tijuca porque encontra preços mais em conta.
— Com a idade, o médico diz que é para beber leite rico em cálcio para repor o que o organismo perde, mas com esses preços diminuí a quantidade diária. Bebo um pingado de manhã e olhe lá! — contou.
Preço do leite longa vida no supermercado Foto: Martha Imenes
Subindo desde fevereiro
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de junho — considerado a prévia da inflação oficial do país —, o aumento no preço do leite começou a ser sentido a partir de fevereiro, quando subiu 1,04%. Em março, subiu 3,41%; em abril, disparou 12,21%; em maio, caiu para 7,99%; e, na prévia de junho, registra alta de 3,45%.
No campo, o preço do leite captado em abril deste ano e pago aos produtores em maio subiu 4,4% frente ao mês anterior. Em relação a maio do ano passado, o aumento foi de 11,8%.
A explicação para o aumento, segundo Gilberto Braga, economista do Ibmec RJ e da Fundação D. Cabral, é a entressafra do produto, que vai de abril a junho, e o aumento nos preços dos insumos.
— Enquanto persistirem os movimentos de alta, a dica para o consumidor é pesquisar e buscar menores preços, priorizando as ofertas das grandes redes de supermercados para abastecer a despensa — diz.
