De acordo com o relatório MilkPoint traduzido e extraído pelo Observatório da Cadena Láctea Argentina (OCLA), até 2022, 19 empresas participaram da pesquisa, uma participação recorde. Os 19 laticínios participantes da pesquisa compram juntos cerca de 13,7 milhões de litros de leite por dia de 32.823 produtores (5 bilhões de litros/ano), o que representa cerca de 21% da produção formal do país (+/- 23,8 bilhões de litros de leite).
Os resultados mostram que, deste total, 5,7 milhões de litros/dia são produzidos em confinamento, representando 41% do total adquirido pelas indústrias participantes. Esta importante quantidade é produzida por apenas 2734 produtores, 8% do total, o que indica a concentração na produção de leite. A produção média diária total é de 419 litros/produtor, enquanto que quando tomamos a produção média em sistemas confinados, este valor sobe para 2085 litros/dia.
Mesmo 5 das 19 empresas pesquisadas mostram um maior crescimento e participação na produção de sistemas confinados.
Outro fato interessante é que há uma tendência para reduzir a produção média diária naqueles que não adotam o confinamento. Em 2019, a média diária era de 539 litros/dia; em 2020, 459 litros/dia; em 2021, um ligeiro aumento para 481 litros/dia e, na pesquisa atual, 420 litros/dia.
“É importante ressaltar que, embora seja uma amostra muito interessante, esta pesquisa não é um censo, portanto não deve ser extrapolada para a produção total. Em qualquer caso, o processo de transformação do leite brasileiro é notório, envolvendo o aumento de escala, confinamento e concentração da produção nas mãos de menos produtores”, diz Marcelo Carvalho, diretor geral do MilkPoint.
