O médico veterinário Luiz Carlos Hessmann tem larga experiência no setor agropecuário catarinense.
O médico veterinário Luiz Carlos Hessmann tem larga experiência no setor agropecuário catarinense. Coordenou o inovador programa  Microbacias I e II, que promoveu o saneamento básico no meio rural. 

Na presidência da Epagri há anos, priorizou as pesquisas aplicadas e a extensão rural. A Epagri é resultado da fusão da Acaresc, instituição criada pelo engenheiro agrônomo Glauco Olinger, fundamental para o sucesso do setor agrícola. 

Como está a produção de oliveiras em Santa Catarina?

Luiz Hessmann – Este processo começou em 2000, quando a Epagri trouxe oliveiras da Argentina e de Israel, junto com a Embrapa, implantando nas unidades modelo, com experiencias em todas as regiões. Mas deu certo apenas no Extremo Oeste. A oliveira não se desenvolve onde tem umidade. A plantação se deu muito bem em Água Doce, São Lourenço do Oeste e também Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste. Os resultados são positivos e já há beneficiamento. Temos uma pequena indústria produzindo em Chapecó, com boa qualidade.

Que outras pesquisas?

Hessmann – Estamos aprimorando a produção de vinhos de altitude e examinando a questão da maçã. A fruticultura exige atenção especial porque há aquecimento em algumas regiões do Estado, como em Fraiburgo. Precisa ser plantada antes. O frio não tem aquela intensidade de antes. E estimulamos os produtores à redução ou eliminação de agrotóxicos. Fizemos investimentos de mais de R$ 60 milhões em equipamentos. Temos hoje marcador molecular na Epagri e laboratório de microbiologia, um dos melhores da América Latina. Da mesma forma laboratórios de solo e águas. 

E a digitalização?

Hessmann – Primeiro, fazemos pregão eletrônico na Epagri desde 2003. A criação bovina tem controle total com brincos, chips sanitários do rebanho. Estas inovações garantem maior conectividade no mercado mundial. Veja que a balança comercial tem a produção agrícola como o principal item, em especial, de aves e suínos. Veja que em 2018 tivemos o valor bruto de produção agropecuária de R$ 28 bilhões, enquanto a receita foi de R$ 26 bilhões. 

Como está o corpo técnico da Epagri?

Hessmann – Está sob controle. Temos uma media de 39 anos entre os funcionários e presença e todos os 295 municípios catarinense. Nos últimos oito anos temos controle absoluto de tudo, online. Sabemos o que faz um ténico em extensão, o que e quando atende, e os resultados.

Quais suas preocupações com o futuro da Epagri?

Hessmann – A maior apreensão deixou de existir com a manifestação do secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa, impedindo a fusão da Epagri com a Cidasc. Não é possível raposa cuidar de galinheiro. A  fusão está descartada. A maior preocupação é a continuidade da pesquisa agropecuária. Nao é algo que começa hoje e tem resultados amanhã. Temos hoje, por exemplo, mais de 33 variedades de arroz. Mas é uma pesquisa que começou no governo Konder Reis, quando criou a Estação Experimental de Itajaí, na década de 1970.  Anos atrás tínhamos apenas 12 variedades de arroz. Aqui temos 100% de pesquisa aplicada. O mercado de São Paulo, por exemplo, prefere uvas de mesa de Santa Catarina. O mel de bracatinga é o preferido pelos consumidores. Priorizamos a qualidade de todos os produtos agrícolas, com avaliações frequentes. E as farinhas da região sul são hoje as melhores do Brasil. Além disso, precisamos manter o quadro de técnicos em extensão rural presente no campo. 

Quais as ações da Epagri que impactam a economia?

Hessmann – As principais estão nas cadeias produtivas do arroz, da fruticultura, da vinicultura e do leite. O produto social hoje de maior impacto social, da produção ao consumo, é justamente o leite. Priorizamos o “leite a pasto”, sem complementações com proteínas, o que reduz o custo de produção. Para se ter ideia, o custo de produção na Europa de uma vaca confinada é de US$ 1,10, enquanto aqui está abaixo de R$ 0,50. O Estado é hoje o quarto produtor de leite do Brasil graças a esta tecnologia de melhoria da pastagem.  

 

Cumplicidade

Circulando pelas redes sociais a foto da posse do déspota Maduro ao lado de Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Um escárnio aos democratas. Um deboche contra os brasileiros. Esta senadora que desonra o Congresso Nacional se negou a participar da posse do presidente brasileiro legitimamente eleito e foi a Caracas prestigiar um carniceiro. O que ela apoia lá há muito tempo queria implantar aqui no Brasil.

Petróleo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, já devolveu o processo que trata do pagamento dos royalties do petróleo explorado na plataforma continental a Santa Catarina. A ação civil originária tramita há mais de 40 anos no STF. Moraes pediu vista na última sessão, depois que o relator Luiz Roberto Barroso proferiu seu voto, parcialmente favorável ao Estado.

Pauta

A informação sobre o julgamento da ação catarinense dos royalties do petróleo foi dada pelo próprio ministro ao senador Esperidião Amin, na despedida do general Eduardo Vilas Boas do Comando do Exército, em Brasília. Na mesma ocasião, o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, revelou que pautará o julgamento da ação nas primeiras sessões do ano. Ele tem consciência de que se trata da mais antigo processo em tramitação no Supremo.

Curtas

*Fato inédito testemunhado pelos comandantes de aviões que operaram em Brasília: toda a frota de jatos da FAB estava no chão no fim de semana.

*Cel. Giovani Pacheco transmite amanhã, às 17h, a chefia do Estado Maior da PM-SC ao cel. Carlos Alberto Fritz Bueno.

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