A previsão é de que até 2023, o Tocantins e o restante do país poderão ser reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres da febre aftosa sem vacinação.
Com o objetivo de prestar orientações sobre o processo de transição do status sanitário, de livre da febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) emitiu uma Nota Técnica informando as diretrizes. A principal delas é que durante o período de um ano, entre maio de 2020 e maio de 2021, o Tocantins ficará proibido de comercializar animais, produtos e subprodutos para os estados vizinhos: Maranhão, Piauí e Pará e demais estados que compõem os blocos II e III, podendo apenas ser autorizada nas situações previstas em lei.
A medida se dá em razão dos estados citados retirarem a vacinação em 2020, um ano antes do bloco IV, do qual o Tocantins faz parte. A ação está prevista no Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA) 2017-2026, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que impede a comercialização entre blocos que não tem o mesmo status sanitário.
“Estamos conscientizando antecipadamente todos os envolvidos no processo para se prepararem e buscarem alternativas comerciais. A evolução do status é um grande avanço para o Estado e todo o país, que tem lutado há anos para as conquistas de novos mercados e crescimento da economia”, avalia o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.
O documento diz “que passado esse prazo de um ano, os benefícios econômicos serão muitos, além de voltar à permissão da comercialização com todos os estados brasileiros, teremos uma valorização dos produtos pecuários, principalmente da bovinocultura, entre eles, carne, leite, couro, animais, sêmen e embriões, com a abertura de novos mercados em todo o mundo”. Informa ainda que haverá o fortalecimento de toda a cadeia produtiva, atraindo investimentos, gerando emprego e renda com a expansão de frigoríficos e laticínios, curtumes, instalações de fábricas de rações, indústrias medicamentosas, lojas agropecuárias, leilões, entre outros.
A previsão é de que até 2023, o Tocantins e o restante do país poderão ser reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres da febre aftosa sem vacinação.