Em julho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a abertura do mercado chinês para a exportação de lácteos brasileiros
Em julho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a abertura do mercado chinês para a exportação de lácteos brasileiros

Em julho, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou a abertura do mercado chinês para a exportação de lácteos brasileiros. O país asiático, maior importador de lácteos do mundo, habilitou 24 estabelecimentos no Brasil (desses, seis estão localizados no Rio Grande do Sul, quatro no Paraná e dois em Santa Catarina) que poderão exportar leite em pó, queijos, manteiga e leite condensado. Devido a importância desse mercado para o setor, a Aliança Láctea Sul Brasileira (ALSB) irá debater sobre os principais desafios para aumentar o número de empresas habilitadas à exportação. A reunião ocorre nesta quinta-feira (19/9), a partir das 10h, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária – Santa Catarina (FAESC), em Florianópolis.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, desde a implementação das Instruções Normativas do Leite (INs 76 e 77), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, o setor passa por um momento de profissionalização. “As INs visam a melhora da qualidade sanitária do leite cru, o que é ótimo para toda a cadeia produtiva porque contribui para a abertura de novos mercados, assim como ocorreu com a China”, reflete. Na mesma linha, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acredita que as novas regras do Mapa tornam o setor mais competitivo dentro e fora do País.

De acordo com o coordenador geral da ALSB, Airton Spies, a região Sul do Brasil é responsável por 40% da produção de leite e a abertura do mercado externo para escoar esse volume é imprescindível. “Enquanto a comercialização de lácteos ficar somente no mercado interno, haverá crise no setor. Porém, para exportar, precisamos primar pela qualidade do produto, diminuir os custos de produção e ter uma logística mais eficiente”, afirma Spies, ressaltando que o leite brasileiro não é competitivo nas commodities.

Na pauta do encontro também está a recente abertura do mercado egípcio para a exportação de lácteos brasileiros, o acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia, a adaptação do setor e os impactos das normativas do leite, e a relação entre produtor e indústria, que passam a dividir a responsabilidade pela qualidade dos produtos com o poder público.

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