ESPMEXENGBRAIND
2 abr 2025
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A inflação do IPCA-15 de 1,23% em fevereiro, prévia ao IPCA cheio do mês, a ser divulgado pelo IBGE em 12 de março, ficou bem abaixo da mediana das previsões do mercado, de 1,36%
os preços dos alimentos in natura e do leite registraram uma queda significativa nas coletas de julho, indicando uma deflação maior do que o esperado para o IPCA do mês.
Os preços dos alimentos in natura e do leite registraram uma queda significativa nas coletas de julho, indicando uma deflação maior do que o esperado para o IPCA do mês.

A inflação do IPCA-15 de 1,23% em fevereiro, prévia ao IPCA cheio do mês, a ser divulgado pelo IBGE em 12 de março, ficou bem abaixo da mediana das previsões do mercado, de 1,36% (o Bradesco previa 1,42% e a LCA Consultores, 1,50%), com forte impacto do rebate (alta de 16,33%) da redução da energia de Itaipu em dezembro e janeiro (-15,34%), provocando alta de 4,34% no item Habitação e impacto de 0,54 ponto percentual no IPCA-15.

Outro aumento sazonal veio da Educação (4,78% e impacto de 0,29 p.p). Mas, a boa notícia foi a desaceleração dos preços dos Alimentos e Bebidas (0,61%, contra 1,06% em janeiro), que contribuíram com 0,14 p.p no IPCA-15.

Excetuando o preço do café que registrou alta de 11,63% e contribuiu com 0,06 p.p., caíram os preços da batata-inglesa (-8,17%), do arroz (-1,49%), da banana-d’água (-4,98%), do óleo de soja (-1,96%), do limão (-17,35%) e do leite longa vida (-0,67%). Além do leite longa vida, que tinha subido desde outubro, com redução da produção de leite “in natura” devido à estiagem e aos incêndios, que também impactaram fortemente os preços das carnes no último trimestre do ano passado, turbinados pela disparada do dólar, houve alta nos preços do óleo de soja e em aves e ovos.

Com as chuvas e a normalização das pastagens (apesar do período crítico de seca em fevereiro – que ajuda na colheita de soja e milho no Sul, Sudeste e Centro-Oeste) nota-se a desaceleração mês a mês nos preços da carne, que subiram apenas 0,08% em fevereiro, e desaceleração dos preços dos cereais que estão sendo colhidos (caso do arroz no Rio Grande do Sul e Santa Catarina) e da soja, cujas safras tendem a derrubar os preços das rações animais (soja e milho são a base das rações).

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OLM

Os sinais dos mercados futuros

Os sinais dos mercados futuros apontaram queda nos preços da commodities, apesar da desvalorização do dólar ante as principais moedas. O contrato do petróleo tipo Brent para entrega em maio estava sendo negociado, às 14 horas, a US$ 72,41, com queda de 2,53%. Já o Contrato C de Café para vencimento em maio tinha queda de 2,85%, cotado a US$ 373,73 por saca de 60 quilos, em Nova Iorque. E o dólar, às vésperas do último dia de negociação do contrato futuro de fevereiro na B3 era negociado à vista com baixa de 0,14% a R$ 5,7700. E o mercado se acomodou (as posições têm de ser honradas no primeiro dia útil de março, dia 5) apesar do ruído causado pelas declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que as turbulências e incertezas da economia internacional são mais preocupantes do que as de ordem doméstica.

Haddad quis inspirar tranquilidade quanto a economia estar sob controle, mas às vésperas do vencimento do contrato de câmbio, ajudou a alimentar especulações. Que não se sustentaram.

 

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