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10 nov 2025
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O alinhamento entre o Governo do Tocantins e indústria de laticínios visa impulsionar a produção leiteira e gerar renda no estado 🤠
Alinhamento estratégico governo e laticínios impulsionam pecuária leiteira no TO

O alinhamento entre o Governo do Tocantins e uma empresa do setor de laticínios marca um novo capítulo para a pecuária leiteira no estado. Em uma reunião estratégica, o Estado e a indústria decidiram unir esforços para fortalecer a cadeia produtiva do leite, melhorar a remuneração dos produtores, modernizar a logística e expandir o mercado para os derivados lácteos.

Durante o encontro, representantes da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Tocantins (Seagro), do setor industrial e de produtores rurais destacaram que o setor leiteiro do Tocantins possui um enorme potencial, mas vinha enfrentando desafios como logística, custo de insumos, estrutura industrial deficiente e dificuldade de acesso a mercados. O alinhamento vem no momento certo para atacar essas fragilidades de forma coordenada.

O Estado anunciou que irá disponibilizar linhas de crédito especiais, apoio técnico, assistência à produção e incentivos para a instalação ou ampliação de laticínios. A indústria parceira se comprometeu a absorver a produção local de leite, garantir contratos de fornecimento estáveis e colaborar com programas de capacitação para os produtores. Essa sinergia público-privada pretende reduzir o custo por litro produzido, elevar a qualidade do leite e aumentar o volume destinado à industrialização.

Um dos pilares desse alinhamento é a assistência técnica intensiva: o governo, por meio da Seagro, vai promover seminários, webinars e plantões de campo para capacitar produtores em manejo de pastagem, nutrição animal, genética, ordenha mecânica e controle de qualidade do leite. Já a empresa de laticínios vai disponibilizar parte da sua equipe técnica para dar suporte direto aos fornecedores, além de priorizar a aquisição de leite dentro do estado, diminuindo os custos logísticos e fortalecendo a cadeia regional.

Além disso, foi acertado o estabelecimento de metas claras de crescimento para a produção leiteira no estado durante os próximos quatro anos: aumento do número de produtores integrados, elevação da produção média por vaca, estímulo à produção de concentrado e volumoso para alimentação, e ampliação da captação de leite pelas indústrias locais. A expectativa é que esse alinhamento traga ganhos econômicos para toda a cadeia, desde o pequeno produtor até o consumidor final.

Para o setor de lácteos, esse tipo de acordo representa uma oportunidade significativa: cooperação público-privada eficaz pode acelerar a transformação da região, que hoje ainda tem muitos pequenos produtores com baixa produtividade e dificuldades para entrar em cadeias de valor mais exigentes. A empresa de laticínios que entra no alinhamento tem papel estratégico, pois ao assumir compromisso de compra e assistência técnica, alinha seus interesses com os dos produtores e com a política do Estado.

Entretanto, nem tudo será simples. Entre os desafios apontados no processo de alinhamento estão: garantir que os incentivos públicos cheguem de fato aos produtores, assegurar que os contratos da indústria sejam cumpridos com transparência, promover a escala necessária para tornar o modelo sustentável, melhorar a infraestrutura — inclusive transporte, armazenamento e refrigeração — e incentivar a participação de cooperativas e associações que representem os produtores.

A mobilização dos produtores também será fundamental. É necessário que os pequenos e médios produtores estejam dispostos a adotar práticas de produção mais modernas, respeitar requisitos de qualidade, buscar certificações, integrar-se às cadeias e assumir o papel de fornecedor confiável. Para isso, o apoio da indústria e do Estado precisa funcionar de modo articulado e contínuo.

O cenário é promissor para o Tocantins se esse alinhamento se mantiver. A valorização da produção local de leite, o estímulo à indústria de laticínios, a geração de emprego nas zonas rurais, o fortalecimento da economia regional e a inserção em mercados de maior valor agregado podem mudar o perfil produtivo do estado. Para quem atua no universo lácteo — produtores, indústrias, fornecedores de insumos, técnicos — o momento exige atenção e participação ativa.

Escrito para o eDairyNews, com informações de Tribuna do Povo-TO.

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