A quarentena desativou a demanda por todos os produtos lácteos utilizados pela cadeia alimentar. Sem assistência financeira, haverá cortes nos salários de abril para os trabalhadores de laticínios.
As vendas de leite fluido e iogurte aumentaram no início do confinamento, mas com o passar dos dias, a demanda diminuiu e a queda do mercado gastronômico está complicando bastante as empresas de laticínios.
Segundo Pablo Villano, presidente da associação que agrupa pequenas e médias empresas de laticínios (APYMEL), existem 210 empresas que não estão em condições de pagar salários este mês.
Essas empresas produzem quase 100% da mussarela e ricota consumidas no mercado interno, 50% do doce de leite e 70% dos queijos em geral, com força no duro e no semi-duro.
À queda do mercado interno, deve-se acrescentar que a colocação de produtos fora da Argentina neste momento é insignificante devido ao declínio econômico global que, além do drama da saúde, está causando a pandemia de coronavírus.
“O mercado interno está deprimido, mas a perspectiva de exportação também não é boa Estamos caminhando para um mercado mundial muito mais competitivo devido à situação demonstrada pelas economias em geral”, disse Villano.