O movimento pode ainda ganhar o apoio da chamada “Mesa de Enlace”, uma organização que reúne as principais federações do agronegócio do país vizinho.
“Eles [governo peronista] mais uma vez defraudaram o campo e todo o interior produtivo com uma decisão que também volta a gerar uma nova transferência de recursos da produção primária para outros elos da cadeia”, afirmou a Mesa de Enlace em comunicado oficial.
Jorge Chemes, presidente das Confederações Rurais Argentinas (CRA) afirmou: “Ouviremos as Confederações sobre o que fazer, mas isso não passará despercebido. É um ultraje ao trabalho do produtor, uma medida totalmente inconsistente”.
“Depois de encerrada a greve portuária na Argentina e contornada uma greve dos rebocadores, surge agora a ameaça de uma greve dos vendedores de milho”, destaca a Consultoria TF Agroeconômica. De acordo com a equipe de analistas da Consultoria, “tudo isso faz subir ainda mais as cotações da Bolsa de Chicago (CBOT) e os prêmios do milho no Brasil também”.
“O milho brasileiro seria uma alternativa de embarque para os importadores, embora tenhamos pouca disponibilidade e a preferência seja por embarques nos Estados Unidos, que sempre tem grandes estoques disponíveis”, completam os especialistas. Segundo a TF Agroeconômica, a exportação “exige sempre pontualidade e disponibilidade no atendimento aos mercados e bonifica quem pode atender a toda a necessidade do comprador”.