O volume dos prejuízos foi apurado na 1ª quinzena de janeiro por órgãos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de Secretarias Estaduais e Municipais de Agricultura, além de diversas instituições, como federações, cooperativas e sindicatos de agricultores, demonstrando a gravidade da situação econômica e social da área atingida pela adversidade climática.
As perdas da safra paranaense, de acordo com projeções do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), atingiram 37,8% da 1ª safra da soja ou mais de 13 milhões de toneladas, somando valor superior a 22,5 bilhões de reais nas lavouras da leguminosa. Na cultura do milho a quebra era de 42% ou mais de 2,7 milhões de toneladas, no valor de 2,5 bilhões de reais. Somente nas lavouras de feijão, os prejuízos atingiram 168 mil toneladas ou 429,2 milhões de reais.
Em Santa Catarina, as perdas com a estiagem chegavam a 1,5 bilhão de reais, com maiores quebras nas lavouras de milho do Oeste do Estado. A falta do grão afetará também de forma direta as cadeias produtivas de carne, como frango e suíno e de leite. No Rio Grande do Sul, as perdas na soja somavam 14,36 bilhões de reais e na cultura do milho 5,41 bilhões de reais. No Mato Grosso do Sul, os prejuízos estavam estimados em 105 milhões de reais, totalizando no País cerca de 45 bilhões de reais, somente na agricultura.