A Associação Europeia de Lácteos (EDA) disse que saúda o acordo global de comércio celebrado entre a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai). Depois de duas décadas, o Mercosul e a União Europeia alcançaram um acordo sobre o ambiente comercial que cobre mais de 780 milhões de cidadãos.
Muito trabalho tem sido feito desde o início das negociações e a EDA reconhece os esforços da Comissária da UE para o Comércio, Cecilia Malmström, e do Comissário da UE responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan. A futura implementação deste novo quadro comercial, parte de um Acordo de Associação mais vasto e será benéfica para as duas economias.
“Na atual arena de comércio internacional, este é um verdadeiro avanço que destaca as ambições comerciais da União Europeia (“Comércio para Todos”) e o foco de desempenho das equipes de negociação. O compromisso claro dos parceiros de negociação com o Acordo de Paris (COP21) e seus objetivos é, no mundo de hoje, um marco”, disse o secretário-geral da EDA, Alexander Anton Anton.
“O acordo comercial do Mercosul basicamente permitirá desmembrar parte do potencial desses mercados. Os volumes acordados de cota sujeita a tarifa de 30.000 toneladas de queijo são cerca de dez vezes as quantidades que exportamos hoje. Este acesso adicional ao mercado também ajudará a sustentar a diversificação dos nossos destinos de exportação de produtos lácteos da UE e, consequentemente, a tornar o setor lácteo mais resistente quando se trata de distorções do comércio. Não é segredo que esperávamos volumes mais altos de cota para queijos, leite em pó e fórmulas infantis, e um período mais curto do que 10 anos. Por outro lado, as negociações comerciais são mais do que complexas e difíceis – até agora ninguém conseguiu fazer um acordo que deixe todo mundo feliz”.
Anton comentou que agora é essencial que os detalhes do acordo e a implementação final possam assegurar um acesso sem obstáculos às exportações de produtos lácteos europeus, incluindo a redução e a abolição de tarifas, bem como as barreiras não-tarifárias. Ele acrescentou que as salvaguardas legais adotadas protegem mais de 350 alimentos e bebidas europeias de alta qualidade (como o Fromage de Herve [Belgique] ou Comté [França]) da imitação nos países do Mercosul e também fortalecem a reputação de todos os produtos lácteos europeus.
Vale destacar que a Venezuela também é membro pleno do Mercosul, mas está suspensa desde 2016.