Segundo ele, o litro, em algumas localidades, já é vendido a R$ 10, o que inviabiliza o consumo diário do produto, obrigando as famílias a restringir a sua compra aos finais-de-semana.
Para Paim, é correta a afirmação de Patrícia Costa, supervisora do Departamento intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo ela, disse o senador, a alimentação é questão de segurança nacional. Por isso, ele exige ação do governo.
A falta de consumo de leite só faz aumentar a insegurança alimentar. Aliás, há mais de 100 milhões de brasileiros nessa situação. O país carece de planejamento, de políticas públicas a médio e longo prazos — disse.
Paulo Paim apontou ainda que, apesar dos elevados preços no mercado, o número de pequenos produtores de leite no Rio Grande do Sul caiu 50%, de acordo com dados da Emater.
Para ele, a explicação para isso está na estiagem e na falta de incentivos. A elevação da remuneração dos produtores não acompanhou o mesmo ritmo do encarecimento da produção, decorrente do aumento do preço dos insumos, disse o senador. Esse cenário tem gerado escassez de leite, conforme informaram os produtores, em carta dirigida ao governo, citada por Paulo Paim.
É importante lembrar que o aumento que o consumidor teve no litro de leite chegou a 130% e o aumento para o produtor ficou em torno de 30%. Essa situação não é justa. O consumidor pagando R$ 10 o litro e o produtor vendendo a R$ 2,80 o litro. Essa conta não fecha. É inexplicável — afirmou o senador.