- PORTAL DBO
- 29/04/2019
- 6:05 PM
O presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu nesta segunda-feira, 29 de abril, na abertura da Agrishow, a redução dos juros do Banco do Brasil para o fomento ao crédito rural. O presidente, que citou que a instituição financeira terá R$ 1 bilhão em recursos para o financiamento do setor durante a feira, se dirigiu ao presidente do BB, Rubem Novaes, e, bem humorado, emendou. “Apelo, Rubem (Novaes), para seu coração e patriotismo, que esses juros caiam um pouco mais”, afirmou, para aplausos da plateia.
Bolsonaro citou que o governo irá liberar R$ 1 bilhão para o programa de seguro rural, mas não deu detalhes. Antes, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, informou que R$ 500 milhões seriam liberados após o “governo raspar o tacho”, para o financiamento do programa de modernização da frota, o Moderfrota. Segundo ela, o governo trabalha “dentro desse orçamento engessado que o presidente (Jair Bolsonaro) recebeu” e o “ministro (da Economia) Paulo Guedes tem boa vontade” e trabalha em parceria com a Agricultura.
“Conseguimos raspar o tacho do atual plano safra e Moderfrota terá mais R$ 500 milhões”, disse a ministra, admitindo em seguida que o valor, até junho deste ano, é pouco. Com os recursos, a liberação de recursos para o programa no atual governo, por meio de remanejamentos, soma quase R$ 1 bilhão.
Não atrapalhar
Bolsonaro também disse na Agrishow que quer, “como chefe do Executivo, não atrapalhar quem produz” e garantiu que está “tirando o Estado do cangote de quem produz e investe”. Ele afirmou que está fazendo “uma limpa no Ibama e no ICMBio” e cobrou que a fiscalização seja feita com mais orientação ao produtor rural.
“Tem que fazer fiscalização, mas o homem do campo tem de ter o prazer de receber o fiscal e, em um primeiro momento, ser orientado.” Bolsonaro reafirmou que pretende que a BR-163 seja completada, no trecho paraense até Miritituba (PA), ainda em 2019. Outra obra anunciada por ele é a construção no aeródromo do Campo de Marte do maior colégio militar do Brasil. O presidente disse que seguirá para a China e que a viagem servirá, na opinião dele, para tirar “a imagem criada pela mídia, de que sou inimigo deles”.