Seguro Pecuário pode garantir manutenção dos investimentos dos produtores e perpetuidade da atividade

O Brasil vive a estimativa de que a produção de carne bovina cresça a média de 2,6% ao ano, chegando a 10,8 milhões de toneladas em 2021. Além disso, há previsão do aumento do consumo da proteína, em termos absolutos no País, com previsão de crescimento de 5,3% no mesmo período. Diante deste cenário os produtores brasileiros ganharam importância e ainda mais responsabilidade sobre sua atividade. Seus rebanhos passaram a possuir maior valor agregado e como qualquer outro bem de alto valor, é preciso pensar na proteção do patrimônio. Assim, como no passado quando surgiram as apólices para garantir a proteção de carros, imóveis e outros de bens, agora já é realidade no campo o seguro pecuário.

Essa é uma das modalidades de seguro rural, também um instrumento de mitigação dos principais riscos da atividade pecuária. O serviço traz ao pecuarista a tranquilidade e garantia da perpetuidade na atividade, que muitas vezes, atravessa gerações. Através dele o pecuarista pode garantir a vida dos animais, que são classificados em duas modalidades, seguro pecuário elite, que incluem os bovinos utilizados para incremento de plantel, seguro para rebanhos comerciais e rebanho de produção de leite e de corte.

Mesmo com tantas vantagens, ainda há baixa adesão a esse tipo de proteção por parte dos pecuaristas. Atualmente menos de 1% do rebanho é segurado. De acordo com Karen Matieli, sócia proprietária da Denner Seguro de Animais e Coordenadora da Comissão Rural (Sincor-SP), o setor enfrenta alguns entraves que impedem seu crescimento. “A falta de informação e divulgação das modalidades de seguros existentes para proteger a pecuária e a falta de Subvenção Federal como forma de incentivo à contratação do seguro são as principais causas”, diz.

Ainda de acordo com a coordenadora, o potencial do seguro pecuário no Brasil é enorme. Um bom ponto de partida é pensar em proteger 11% do rebanho do País, algo em torno de 23 milhões de bovinos, entre corte e leite. “Pensando em abastecer o mundo em alguns anos, precisamos estar protegidos. Toda operação deverá estar pautada com muita segurança, e o instrumento “seguro”, validará o que o nosso País tem de melhor: o nosso Agronegócio”, destaca Karen.

A especialista em seguro de animais que está no setor há mais de 12 anos tem trabalhado arduamente junto ao governo, associações, entidades e produtores para disseminar a modalidade no Brasil e tem conseguido grandes conquistas. Em 2018, por exemplo, foi reportado ao Diretor do Departamento de Gestão de Riscos (DEGER) da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Dr. Vítor Ozaki, apontamentos para mudança na redistribuição dos recursos para proteger a pecuária no Brasil.

Apoiadores

Cientes da importância da causa a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (ABRALEITE) e Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) foram as primeiras a apoiaram este pleito. Agora, novas entidades da pecuária começam a se unir mostrando a força para a conquista do recurso adequado para a atividade.

Com objetivo de pedir um aumento de recursos no PSR, de modo a incentivar pecuaristas contratarem o seguro de seus rebanhos, outras entidades também fizeram parte de um novo manifesto. Com destaque para a Sociedade Rural Brasileira e a Associação Nacional da Pecuária Intensiva (ASSOCON), além da ABRALEITE e ABCZ. “Podemos considerar que 2018 foi um ano de conquistas ao que tange o Seguro Pecuário. Antes entidades e pecuaristas não tinham apresentado suas demandas ao MAPA. Entendemos que fomos ouvidos e agora precisamos ajustar. É a força da pecuária envolvida por entidades sérias e atuantes”, diz Karen.

Expectativa para 2019

Com o início de um novo governo, o setor espera um olhar mais atento a principal ferramenta de mitigação de riscos da agropecuária, que é o seguro rural. A nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina, demonstra interesse em aumentar a área protegida com o seguro, e consequentemente, precisamos estreitar os laços entre pecuaristas e o governo, trazendo a importância de valorizar ainda mais a nossa pecuária, que segue investindo em genética e tecnologia, assumindo seus riscos, sozinha.

Além disso, recentemente o apoio dos Deputados Arnaldo Jardim e Itamar Borges ajudaram na suplementação de recursos no Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), para o seguro rural. O assunto voltou à pauta já no início desse ano em reunião onde foi discutido possíveis alterações no programa que enquadra políticas públicas e de incentivos ao Agronegócio Paulista, onde a subvenção ao prêmio do Seguro Rural está inserida.

Parte do custo do seguro rural é subsidiado pelo governo do estado, incentivando assim agropecuaristas manterem suas atividades protegidas. “Iniciamos o ano já com o planejamento em mãos, afinal de contas, o agro não para. Estreitamento entre setor produtivo para entender as principais demandas, a busca por novos produtos que amparam os principais riscos da atividade e apoio político para mais recursos aos Programas PSR e FEAP que fazem parte desta agenda de trabalhos”, finaliza Karen.

Sobre a Denner Seguros – A empresa sob o comando de Denner Santos, possui a experiência e credibilidade conquistadas em mais de 30 anos no mercado. Com sede em Araras, no interior de São Paulo, em 2006 ampliou sua área de abrangência criando a Denner Seguro de Animais, com a direção de Karen Matieli, tornando-se especialista na proteção do Agronegócio Brasileiro. A empresa atua na proteção de cavalos de prova, animais em confinamento, animais leiteiros ou gado elite proporcionando aos segurados a tranquilidade necessária para aproveitar seu dia a dia sem preocupações com seu patrimônio.

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