A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na última semana de reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou na última semana de reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, para discutir as novas regras da qualidade do leite produzido no País, abrigadas nas Instruções Normativas (INs) 76 e 77.

Conforme a CNA, em nota, o encontro não foi conclusivo e, assim, o ministério definirá até o fim do mês se as INs, que passariam a valer a partir de 30 de maio, serão de fato implementadas. Na reunião, especialistas criticaram aspectos das novas regras, algumas delas consideradas impraticáveis.

O pesquisador Marcelo Bonnet, da Embrapa Clima Temperado, questionou a obrigação de manter o leite a uma temperatura constante de no máximo 4 graus Celsius. “Existem aspectos de qualidade do leite mais importantes e urgentes a serem enfrentados no País. De nada adiantaria refrigerar o leite obtido em más condições higiênico-sanitárias a 4 graus, sendo que leite obtido em boas condições poderia ser conservado adequadamente a uma temperatura limite de 7 graus”, declarou, segundo nota da CNA.

Já a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mônica Maria Cerqueira, questionou a instrução de que o leite armazenado nos silos das indústrias apresente limite máximo para Contagem Padrão em Placas (CPP) de até 900 mil UFC/ml (unidades formadoras de colônia por mililitro) antes do processamento.

O presidente da Câmara Setorial e da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, alertou sobre os desafios impostos. “Não é apenas regulamentando que se melhora a qualidade de leite no Brasil. O desafio é levar assistência técnica aos produtores. Assim, teremos avanços”, disse.

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