De acordo com analista de mercado, alta não é surpresa e se explica por problemas de safra nos países exportadores

De acordo com analista de mercado, alta não é surpresa e se explica por problemas de safra nos países exportadores

05 de janeiro de 2021 às 16h01
Por Canal Rural

O preço do milho no indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) começou o ano em alta e superou os R$ 80 reais por saca pela primeira vez desde 23 de novembro. A cotação registrou elevação diária de 4% e chegou aos R$ 81,79.

Para o analista de mercado da Terra Agronegócio, Ênio Fernandes, o movimento de valorização não é surpresa. “Meses atrás, quase todas as consultorias afirmaram que teríamos essa alta em janeiro, fevereiro e março. Há algum tempo. o mercado deu oportunidade para os produtores se protegerem dessas altas”, afirma.

Segundo Fernandes, a elevação nas cotações pode ser explicada por problemas enfrentados por grandes exportadores do cereal. Entre os quatro maiores exportadores do grão: Argentina, Brasil, Estados Unidos e Ucrânia, três enfrentam problemas que causam impactos nos preços,

“A Ucrânia teve problemas com a safra, a Argentina está tendo problemas devido ao clima e o Brasil tem estoques baixos, dessa forma, sobram apenas os Estados Unidos como grande fornecedor. Quando há um só país na ponta vendedora, há uma chance de preços ainda maiores. Os produtores americanos vão vender o milho paulatinamente, tentando pegar os maiores preços”, finaliza.

Bryce Cunningham, um produtor de leite escocês, proprietário de uma fazenda orgânica em Ayrshire (Escócia), lançou um produto lácteo para agregar valor ao leite de sua fazenda, que é um produto de ótima qualidade, sem aditivos, e é um exemplo de economia circular.

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