Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) querem melhorar a sistemática de formação de preços do leite no Paraná. Nesse sentido, pretendem engajar um número maior de cooperativas do Estado na amostragem da pesquisa, conforme discutiram na quarta-feira os estudiosos do centro em reunião com representantes do setor, em Curitiba (PR).
De acordo com informações do Sistema Ocepar, atualmente, em todo o Brasil, os pesquisadores coletam dados de produtores que entregam leite em 55 indústrias e cooperativas. No Paraná, fazem parte da amostra três cooperativas e três empresas, que contribuem com cerca de 30% da produção estadual de leite.
A pesquisadora do Cepea, Natália Grigol, informou que o desafio é ampliar a base da pesquisa, que precisa receber os dados discriminados por produtor, conforme a exigência da metodologia. Desta forma, o Cepea terá mais qualidade nos cálculos, com menor assimetria das informações. “Como resultado, vamos gerar dados estratégicos para o setor e contribuir para o processo de coordenação do sistema agroindustrial do leite, que vem ganhando força ano a ano”, ressaltou Natália, no comunicado.
A nova metodologia para o cálculo do preço do leite ao produtor é desenvolvida com o apoio financeiro e parceria da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e da Viva Lácteos (Associação Brasileira de Laticínios). “Fazemos o acompanhamento do setor lácteo desde 1986, sendo o produto mais antigo monitorado pelo centro de pesquisas. A parceria com a OCB começou no início da década de 2000, evoluindo ano após ano. Em 2016, iniciamos a articulação para implantar a nova metodologia de coleta e cálculo de dados”, relatou Natália.
Participaram da reunião representantes das cooperativas Cativa, Coamig, Frimesa, Witmarsum, Unium (Castrolanda, Frísia e Capal), além do presidente executivo do Sindileite, Wilson Thiesen, do secretário do Conseleite, Guilherme Souza Dias, e dos analistas do Sistema OCB, Fernando Pinheiro, e da Ocepar, Alexandre Amorim Monteiro.