A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu, na terça (6), as tecnologias da Embrapa para o setor e uma proposta do Ministério da Agricultura para elaboração de um plano de competitividade para o setor leiteiro no país.

A Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) discutiu, na terça (6), as tecnologias da Embrapa para o setor e uma proposta do Ministério da Agricultura para elaboração de um plano de competitividade para o setor leiteiro no país.

O chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo Martins, apresentou as ações da empresa como os softwares Sisleite, Gepleite e Gisleite para gestão da propriedade, nanotecnologia, melhoramento genético e pecuária de precisão, além da prospecção para projetos em produção de leite orgânico.

“A Embrapa não faz a tecnologia sozinha, mas junto ao setor produtivo. Fazemos questão de atuar juntos. A lógica da produção de leite mudou com o novo consumidor que exige um produto com pegada de carbono, rastreabilidade plena, insumos alternativos, cadeias curtas, redução de desperdícios, bem-estar animal, entre outras questões”, disse.

A Embrapa Gado de Leite tem 15 laboratórios que fazem análise de alimentos, microbiologia do leite, qualidade do leite, sanidade animal, entre outros trabalhos. A unidade realiza também capacitações e dias de campo em parceria com entidades como Senar, OCB e Emater. Em 2019, capacitou 19,6 mil pessoas.

Comissao Pecuaria de Leite

Martins ressaltou que a pesquisa da Embrapa tem seguido dois caminhos promissores, que são a nanotecnologia (para controle de carrapato, mastite, etc) e a genômica (edição genética de animais para evitar futuras doenças).

“Ficamos surpresos com o conteúdo da Embrapa ligado às tecnologias e à conectividade. Foi uma ótima apresentação”, disse Ronei Volpi, presidente da Comissão de Pecuária de Leite da CNA.

Em relação ao Plano de Competividade do Leite, Volpi afirmou que a Embrapa é fundamental para qualificar esse plano, que deve ser uma iniciativa de toda a cadeia produtiva.

“Será um documento para nortear o trabalho da cadeia nos próximos anos. Queremos que todos os membros da Comissão da CNA colaborem com o documento, com sugestões e críticas. No dia 19 de novembro, na reunião da Câmara Setorial do Ministério, apresentaremos uma nova minuta para a ministra Tereza Cristina com propostas do setor lácteo como um todo.”

Segundo Volpi, o plano deverá ter cinco capítulos. Entre os tópicos que farão parte do plano estão: políticas públicas e privadas para melhoria da gestão da propriedade e da qualidade do leite; infraestrutura da produção e escoamento; aumento da previsibilidade dos preços e contratos; melhoria do estado sanitário e melhoria dos instrumentos de políticas para a cadeia do leite.

A partir de segunda-feira, 18 de novembro, agricultores se mobilizam contra o acordo de livre-comércio entre a Europa e cinco países da América Latina, rejeitado pela França. François-Xavier Huard, CEO da Federação Nacional da Indústria de Laticínios (FNIL), explica a Capital as razões pelas quais o projeto enfrenta obstáculos.

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