No este do estado, o produtor consegue comemorar tanto o preço quanto o volume produzido

No este do estado, o produtor consegue comemorar tanto o preço quanto o volume produzido

A safra do milho já foi praticamente colhida na região Sul e produtores estão conseguindo bons preços pela saca do grão. Em Santa Catarina, mais de 2 milhões de toneladas foram colhidas, sendo a menor safra de milho da história do estado e o volume não é o suficiente para atender a agroindústria local.

“Nós precisamos, para o nosso parque agroindustrial de suínos e aves, de leite, em torno de 7 milhões de toneladas. Somos o maior importador brasileiro de milho como estado e nós precisamos que Santa Catarina produza cada vez mais milho”, disse o representante da Abramilho no estado, Enori Barbieri.

A saca foi vendida, em média por R$ 46. No oeste catarinense, o produtor consegue comemorar tanto preço como volume produzido. “Conseguimos uma produtividade em 370 hectare, com 250 sacas por hectare, 15 mil quilos, foi uma produtividade muito boa, pois o clima ajudou muito. Nós fizemos os tratos culturais necessários. Hoje estamos vendendo o milho na faixa de 46 reais o saco de 60 quilos”, disse o produtor Bruno Bortoluzzi.

Seca no Rio Grande do Sul

Já no Rio Grande do Sul, essa foi a pior safra desde 2012, com uma quebra de 30% por causa da estiagem. “Em alguns lugares, a quebra foi relativamente pequena, mas outros chegaram a 70% de perdas. Então, podemos dizer que teve uma perda muito expressiva, já que se esperava produzir 5,9 milhões de toneladas. Acontece que produzimos, no máximo, 4,1 milhões de toneladas”, disse o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS), Paulo Pires.

Além do preço, outros fatores leva as lideranças produtivas a acreditar em investimento maior no plantio para as próximas safras. “Acredito que, com a demanda em alta que nós temos hoje e com a falta de milho no mercado em termos regionais, o Rio Grande do Sul é deficiente em produção de milho, com isso acreditamos que teremos novas oportunidades para que o produtor, além de qualificar a sua lavoura, ainda tenha um bom rendimento produzindo esse cereal que é tão importante para a economia do nosso estado e do nosso país”, disse Ricardo Meneguetti, presidente da Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul.

Neste momento, analistas de mercado sugerem que o produtor aproveite o preço em alta para vender, pois esse cenário deve durar pouco. “A tendência futura é de uma reversão desse cenário à medida que o petróleo caiu de preço e está achatando os preços futuros do milho no mercado internacional, já que diminui a competitividade do etanol feito a partir de milho nos Estados Unidos e a tendência é de haver, a partir do final deste ano, um grande excedente de milho no mercado externo. Estados Unidos deverão colher uma grande safra, o preço tende realmente a cair e a tendência do preço aqui no Brasil será convergir em direção ao preço internacional, num preço muito mais baixo do que tá sendo praticado atualmente”, disse o analista de mercado Carlos Cogo.

Os laticínios são um pilar fundamental do suprimento mundial de alimentos.

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