Responsável por quase a metade do mix de comercialização, os preços do muçarela caíram 4,43% de setembro para outubro. O UHT – que responde por 23% das vendas dos lácteos –, também sofreu desvalorização de 2,05%. Já o leite spot – que corresponde a 5,5% do mix – teve perdas mais significativas, com queda de 11,52%. “Tivemos recuo de preços de produtos importantes, com peso na formação de preço”, resumiu a professora Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e uma das responsáveis pelo levantamento.
Essa dinâmica também se observou em outros derivados lácteos. Entre os queijos, houve quedas, mas de forma mais suave: de 0,36% no prato e de 0,58% no provolone. O preço médio da manteiga, por sua vez, recuou 3,32%. Já no caso do leite spot, a desvalorização foi acentuada, chegando a 11,52%. Outros produtos ficaram praticamente em estabilidade, como o leite pasteurizado, bebida láctea, doce de leite e iogurte.
O cenário, no entanto, também trouxe exceções. O principal exemplo é o leite em pó, que teve valorização de 6,53% – oscilação provocada pelo aumento das vendas da variedade integral. O creme de leite também veio em alta considerável, de 3,77%. Tanto no caso dos derivados cujos preços aumentaram, quanto dos produtos que tiveram em queda, há um ponto em comum: os preços continuam em patamares nominais elevados em relação a anos anteriores. O ponto de tensão do setor, no entanto, continua sendo os elevados custos de produção.