Os custos envolvidos na captação de leite cru e a valorização dos insumos produtivos impediram pressões de baixas mais intensas.
No primeiro mês de 2021, a demanda por derivados lácteos no mercado atacadista de São Paulo seguiu enfraquecida, prejudicada pela diminuição do poder de compra do consumidor brasileiro. Além disso, colaboradores do Cepea afirmaram haver pressão do mercado por preços mais atrativos nas negociações. No entanto, os custos envolvidos na captação de leite cru e a valorização dos insumos produtivos impediram pressões de baixas mais intensas. Neste cenário, as negociações de leite longa vida, queijo muçarela e leite em pó (400g) seguiram reduzidas em janeiro/21, com consequente aumento nos estoques.
O queijo muçarela registrou desvalorização diária no primeiro mês de 2021, resultando em recuo da média mensal pelo quarto período consecutivo. A média em janeiro foi de R$ 23,68/kg, 9,12% menor em relação a dezembro/20. No caso do leite UHT, a queda na média mensal foi de 7,02% no mesmo comparativo, fechando a R$ 3,01/litro. Em contrapartida, o leite em pó (400g) registrou estabilidade após três meses seguidos de baixa, aumento de apenas 0,71% de dezembro para janeiro.
Já em comparação a janeiro/20, as cotações do primeiro mês de 2021 permaneceram em patamares elevados, com aumentos reais de 21,41%, 21,2% e 34,8% para o leite longa vida, queijo muçarela e leite em pó, nessa ordem. A pesquisa diária de preços é realizada pelo Cepea e tem apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).
FEVEREIRO – Ainda com demanda fragilizada, as cotações dos derivados lácteos seguem em queda em fevereiro, e os estoques estiveram acima da normalidade até a metade do mês. Considerando dados de negociações diárias até 17/02, o leite longa vida apresenta média parcial de R$ 2,87/litro, o queijo muçarela, de R$ 22,16/kg, e o leite em pó (400g), de R$ 21,50/kg – baixas de 4,76%, 6,39% e 6,61% frente a janeiro, respectivamente.