De acordo com um relatório da Bloomberg Intelligence, o consumo global de alternativas aos laticínios pode crescer mais de 100% até 2030, impulsionado pela popularidade e diversidade dos leites vegetais e das novas opções de queijos, sorvetes e manteigas.
A projeção vai ao encontro de outro relatório publicado em outubro pela 360iResearch, que estima que até 2026 o mercado atingirá um valor de mais de R$ 245 bilhões, com taxa de crescimento anual composta de 11,44%.
É um aumento bastante significativo em comparação com os R$ 142 bilhões esperados para o final de 2021. Além disso, a BI estima um valor de mais de R$ 894 bilhões em vendas de alternativas aos laticínios e às carnes até 2030.
“Esses alimentos estão se tornando populares à medida que os consumidores se tornam mais conscientes da pegada ambiental dos alimentos”, informa o relatório, que também considera outras motivações para esse interesse.
Realidade brasileira
De acordo com a Ingredion, empresa global especializada em soluções em ingredientes para a indústria alimentícia, 90% dos brasileiros que participaram de uma pesquisa em 2020 dizem ter interesse em alimentos à base de vegetais.
O Brasil ficou em primeiro lugar na pesquisa da Ingredion sobre tendências alimentares na América do Sul, superando o Peru (89%), que ficou em segundo lugar, e também a Argentina (78%) em relação ao interesse por produtos não animais.
Segundo a Ingredion, pelo menos um terço dos entrevistados se identifica com alguma fonte de proteína de origem vegetal. No Brasil, 73% disseram que sustentabilidade hoje é um fator de importância.
O preço dos alimentos à base de vegetais também é algo que muitos consumidores levam em conta. Uma prova disso é que 59% disseram que ainda não desenvolveram o hábito de comprar determinados produtos por causa do preço.