A primeira fábrica de leite em pó da agricultura familiar, do Norte e Nordeste do Brasil, já está pronta. A indústria da Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas começou a operar em fase experimental nesta quarta-feira.
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Aldemar Monteiro acompanha início da operação em fase experimental d planta de leite em pó da CPLA (Foto: reprodução)

“Conseguimos fabricar a primeira leva de leite em pó. É um grande passo, a realização de um antigo sonho”, comemorou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro, que acompanho ao lado de técnicos e colaboradores o teste operacional da secadora de leite em pó, realizado na Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) de Batalha.

Co investimentos que superaram os R$ 50 milhões, o projeto era uma grande desafio. Do fechamento da antiga fábrica da Camila a reabertura da planta, agora com equipamentos de ponta e capacidade ampliada, foram mais de 14 anos.

Do pesadelo ao sonho, muita gente ajudou a CPLA a construir um projeto único no Norte e Nordeste do país.

A planta, avisa Aldemar Monteiro, vai processar inicialmente a produção de mais de 2 mil cooperados ligado à CPLA atualmente: “com o pleno funcionamento da UBL vamos poder atender mais de 5 mil pequenos produtores e ter uma capacidade instalada de processar mais de 600 mil litros de leite por dia”, aponta

A UBL da CPLA será a única planta de leite em pó da agricultura familiar nas duas regiões e com isso pode ocupar espaço num mercado cativo – o das compras públicas – que passa de R$ 40 milhões por ano somente em produtos para a merenda escolar.

Através do PAA, a CPLA também poderá participar por exemplo de chamadas públicas para aquisição de leite em pó para cestas básicas básicas da Conab ou abastecer órgãos públicos (hospitais, universidades), com um mercado potencial de mais de R$ 200 milhões no Brasil.

A Cooperativa já opera a planta de leite pasteurizado e fermentado desde junho de 2022 (veja abaixo), atendendo principalmente o programa do leite. Com a nova planta, a expectativa da CPLA é atuar no setor de compras públicas, fazer a prestação de serviços para outras empresas e lançar, ainda este ano, um marca própria no mercado privado.

Projeto mais amplo

A UBL, avisa Aldemar Monteiro, representa um virada de chave, uma reviravolta no setor leiteiro do Brasil. “Foi muito duro chegar até aqui. Muitos não acreditam, alguns tentaram nos atrapalhar. Conseguimos. Esta fábrica vai funcionar para atender milhares de pequenos produtores, de agricultores familiares, que passarão a ter a garantia de novos mercados, preço mais jutos e tratamento correto. Não vamos mais depender só do programa do leite”, aponta.

Nesta fase, ainda de testes, Aldemar avisa que a cooperativa tem contado com o apoio do governador Paulo Dantas e do prefeito de Batalha, Wagney Dantas, para realizar obras complementares, como pavimentação do pátio de acesso a fábrica ou a destinação de área para geração de energia solar. “Além disso, o prefeito e o governador estão trabalhando para garantir, por exemplo, o fornecimento de gás enganado e água bruta para nossa indústria, insumos essenciais para a fábrica funcionar com competitividade”, adianta.

A estimativa é que tudo estará pronto nas próximas semanas. “Dentro de 15 dias devemos operar com tudo funcionando plenamente”, aponta Monteiro

Do início ao recomeço

O processo começou (veja abaixo) com a compra do prédio que abrigou a antiga fábrica da Camila, há cerca de dez anos. Com a ajuda da bancada federal, especialmente do ex-deputado federal Givaldo Carimbão, do governo de Alagoas e participação efetiva de todo seu quadro de cooperados, colaboradores e diretores, a CPLA conseguiu tirar o projeto do papel e colocar a fábrica em operação.

Ex-prefeito de Batalha, cooperado da CPLA, produtor de Leite, o governador Paulo Dantas, teve a sorte – literalmente – de ajudar, desde o início, a viabilizar o projeto. Agora, já está está até programando na agenda uma vinda do presidente Lula para a inaugurar a fábrica que irá atender mais de 5 mil agricultores familiares de Alagoas. Mas essa é outra história.

Vale a pena ler de novo

Era pesadelo, virou sonho: AL ganha primeira fábrica de leite da agricultura familiar

O fechamento da antiga Camila (Cooperativa Agropecuária de Major Isidoro) foi um pesadelo para a bacia leiteira de Alagoas.

A cooperativa que um dia foi Cila, depois Camil e, finalmente Camila, encerrou suas atividades em janeiro de 2009. A crise se agravou após a mudança na gestão da empresa. Uma administração marcada por erros e cercada de denúncias culminou com a falência..

O antigo parque industrial da Camila foi arrematado em leilão por cooperados da CPLA, há dez anos. No mesmo espaço em que um dia foi a fábrica da Camila, foi montada a maior e mais avançada planta de leite em pó do Nordeste e única da agricultura familiar da região, com investimentos que passam dos R$ 40 milhões.

A UBL da CPLA promete consolidar a participação da agricultura familiar em um dos mais importantes setores da economia de Alagoas – a cadeia produtiva do leite.

A planta, avisa o presidente da cooperativa, Aldemar Monteiro, foi construída para dar suporte à produção de mais de 2 mil cooperados que estão ligado à CPLA atualmente: “com o pleno funcionamento da UBL vamos poder atender mais de 5 mil pequenos produtores e ter uma capacidade instalada de processar mais de 600 mil litros de leite por dia”, aponta

Viabilidade

A Cadeia Produtiva do Leite é a principal atividade econômica em 20 municípios alagoanos. Com um rebanho de cerca de 250 mil vacas, a produção anual supera os 600 milhões litros, tendo a maior produtividade do Nordeste.

 

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