O que poderia ser um sopro de alento para ao menos amenizar a crise vivida pelo setor leiteiro brasileiro nos últimos cinco anos acabou sendo mais uma frustração

O que poderia ser um sopro de alento para ao menos amenizar a crise vivida pelo setor leiteiro brasileiro nos últimos cinco anos acabou sendo mais uma frustração para os cerca de 1,2 milhão de produtores, especialmente os pequenos, que se dedicam à atividade de norte a sul do país. Assim pode ser resumido o encontro do deputado estadual goiano Amauri Ribeiro (Patriota) com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina.

“Sinceramente, não vi nela nenhuma providência em defesa do produtor de leite. Infelizmente. Só ouvi ela dizer que está difícil, mas uma atitude palpável, que nós possamos nos agarrar com esperança, eu não vi, infelizmente”, disse Amauri Ribeiro ao AGROemDIA, neste sábado (7), ao relatar o encontro com Tereza Cristina, na última quinta-feira (5), em Brasília.

Um dos porta-vozes do movimento nacional dos produtores de leite que busca soluções para superar as dificuldades enfrentadas da porteira para dentro e um dos criadores de campanha Beba + Leite, que visa estimular o aumento do consumo do produto no país, Amauri Ribeiro disse que a conversa com a ministra foi rápida, mas houve tempo suficiente para ele falar sobre a gravidade da situação da cadeia produtiva.

“Deu tempo para que eu falasse sobre a situação do produtor de leite do nosso estado [Goiás] e do nosso país. Eu disse para ela que o produtor de leite está pedindo socorro e não temos tempo. A indústria está massacrando o produtor, principalmente o pequeno, que não tem força para lutar contra o que a indústria faz. E que precisamos de algumas medidas que protejam [o setor].”

O deputado goiano informou que chegou apresentar uma sugestão à ministra.  “Falei que assim como existe a Bolsa para soja, para o milho e para o café, nós também precisamos de um preço de referência para o nosso produto, o leite. É de extrema necessidade e urgência que isso aconteça o mais rápido possível. Ela disse que está olhando, mas que é muito difícil fazer alguma coisa.”

Amauri Ribeiro também pediu à ministra providências para frear as importações de leite em pó. “Cobrei dela [alguma medida para] a situação do leite importado, e ela disse que houve redução da quantidade de importação. Mesmo assim, eu disse para que só a redução não é suficiente, tem é que fechar [o mercado], porque os laticínios utilizam a importação como discurso para baixar o preço do nosso produto, porque está entrando leite mais barato.”

 

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