Apesar do aumento nos preços dos produtos lácteos em cerca de 10% no ano passado, o custo com a produção subiu ainda mais, fazendo com que os produtores de leite perdessem competitividade e ficassem desestimulados.

Apesar do aumento nos preços dos produtos lácteos em cerca de 10% no ano passado, o custo com a produção subiu ainda mais, fazendo com que os produtores de leite perdessem competitividade e ficassem desestimulados.

Segundo Alisson Lara – analista de agronegócios da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) – a situação ainda se agravou neste ano pela queda na renda das famílias, no período de safra, devido ao aumento nos custos de produção do leite, tornando a produção cada vez mais difícil.

“O mercado de lácteos brasileiro tem vivido um momento de apreensão, principalmente o setor primário onde os custos de produção têm se elevado em demasia. No acumulado do quadrimestre deste ano, nós constatamos aí 31% de alta. Na contramão, o preço pago pelo litro de leite ao produtor sofreu sucessivas quedas desde janeiro.”

Ele ressalta, também, as consequências das importações que acabaram gerando uma “oferta ainda maior no mercado doméstico de lácteos, somando 33 mil toneladas, equivalente a 65% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado”. Para ele, este cenário é muito desafiador e desestimulador para o produtor de leite brasileiro.

De acordo com o analista, a tendência para 2021 é que os produtores precisem se ajustar para não terem que sair da atividade, o que deve elevar o preço dos produtos lácteos. “O produtor tende a reduzir a oferta, ajustando o seu custo de produção dentro da porteira, refletindo na elevação principalmente de leite e nos derivados lácteos. A gente já sente isso lá no setor produtivo, a gente está entrando agora na entressafra, há uma redução historicamente na produção mineira e nacional exceto no Sul, que é período de safra, mas com esse desestímulo é possível que haja o enxugamento da oferta neste momento.”

Cabe destacar que Minas Gerais está em primeiro lugar no ranking brasileiro de produção leiteira, segundo o IBGE, com 27% da produção nacional de leite.

 

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