“Gostaria de melhorar a genética do meu rebanho focando tanto em produção de leite quanto de carne, mas voltando mais atenção para o leite.
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Gostaria de melhorar a genética do meu rebanho focando tanto em produção de leite quanto de carne, mas voltando mais atenção para o leite. Seria melhor comprar novilhas holandesas ⅝ e cruzá-las com um garrote Nelore, gerando bezerros Nelorando, ou seria melhor comprar novilhas Girolando ¾ e cruzá-las com garrote Holandês ⅝, nascendo bezerros Girolando? Ou ainda teria outras alternativas, com melhor relação custo x benefício para a região do nordeste de Minas Gerais (em Teófilo Otoni)?” escreveu Mariano Pinheiro dos Santos, detalhando sua dúvida para a produção do Giro do Boi.

O programa solicitou o parecer do zootecnista Guilherme Marquez, gerente nacional de produto leite da central Alta Genetics, para ajudar Santos na tomada de decisão.

“Qual seria a minha sugestão? Principalmente na sua região, que eu conheço bem, você tem uma adaptação muito boa da vacas ⅝. Então eu compraria vacas ⅝ Girolando e colocaria nelas touros Girolando ⅝. Ia fazer o puro sintético nesses animais”, sugeriu o especialista.

Guilherme elencou quais frutos o criador poderá colher deste sistema. “(As filhas da cruza) Vão produzir muito leite, vão gerar bezerros mais pesados e hoje a gente já tem muitos números, não é mais só achismo, só a crença. Hoje nós temos sumários de touros mostrando grandes touros ⅝ e puro sintético lá no topo do ranking, superando os ¾ e tudo mais. Inclusive hoje, em 2021, o sumário da Embrapa traz no ranking geral de animais provados um touro ⅝, acima dos touros ¾ e de outras opções” destacou.

“E nós temos ali também no ranking puro sintético, ou seja, touro ⅝ com vaca ⅝, reprodutores também muito bem posicionados entre os top 10% para leite pela Embrapa. Foi feita avaliação, foi feita estatística, foi feita mensuração. Então hoje a gente já desmistificou muito aquele conceito do cruzado, o touro Girolando funciona, tem número e é muito interessante”, opinou.

Além da produção de leite, Marquez lembrou que o criador produzirá bezerros com bom potencial para produzir carne. “Se usar vaca ⅝ com touro ⅝, você vai fazer uma bezerra que vai virar uma boa vaca de leite e um macho que vai ganhar corpo, vai dar volume e você vai poder vender como gado de corte. Inclusive tem muitos projetos feitos por profissionais em Mato Grosso do Sul que trabalham com vacas ⅝ e os machos são terminados no confinamento para o abate, com bom aproveitamento de carcaça”, ressaltou.

O documentário de curta metragem foi contemplado pelo edital da Lei de Incentivo Paulo Gustavo, conta com o apoio da Prefeitura Municipal e tem como objetivo apresentar a relevância cultural, social e econômica da produção de laticínios em Carambeí, município cuja história se entrelaça com a imigração europeia e com a própria história do leite no Sul do Brasil.

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