Deputado Paulo Dantas cobrou de Renan Filho uma solução para o atraso nos repasses do pagamento do Programa do Leite em Alagoas
O segundo semestre da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) tem sido marcado pela cobrança de parlamentares da base do governo Renan Filho (MDB). Foi o que fez por exemplo, na sessão desta terça-feira (20), o deputado Paulo Dantas (MDB) ao cobrar o pagamento em dia dos produtores de leite e a reabertura do parque industrial do leite, em Batalha. Por sua vez, o deputado Givan Barros (PSD) cobrou a construção de novos abatedouros, já que, ao longo dos últimos meses, diversas unidades foram fechadas, aumentando o custo do ‘abate’.
Da tribuna da Casa de Tavares Bastos, Paulo Dantas narrou o sofrimento pelo qual os produtores do Programa do Leite estão passando sem o pagamento por parte do governo Renan Filho. “Peço atenção especial ao governador Renan Filho e também do presidente Jair Bolsonaro para olharem com carinho e realizar o pagamento dos produtores e, diante disso, amortecer o impacto desta crise no segmento em nosso estado. Peço, também, atenção para a reabertura da antiga fábrica de beneficiamento da Camila, cujo parque industrial fica em Batalha”, destacou Dantas.
Segundo o parlamentar, aliado ao seu fechamento, outro grave problema que afeta a cadeia, em especial os pequenos produtores, os que produzem com sua família, são os contantes atrasos nos repasses que, segundo ele, acentuaram o sofrimento econômico. Em aparte, o deputado Gilvan Barros criticou a operação FPI do São Francisco – realizada pelo Ministério Público Estadual -, e lembrou que, quando a ação teve início há alguns anos, chamou atenção do governador Renan Filho para os prejuízos que os pequenos produtores teriam com as ações que são realizadas.
Fecoep
Durante uma aparte, o deputado Francisco Tenório (PMN) chegou a sugerir que o governo pudesse, de fato, fazer uma intervenção mais objetiva na região, pois a CPLA já possui uma estrutura montada para o beneficiamento de 150 a 200 mil litros de leite. “Mas, para entrar em pleno funcionamento, ainda faltam R$ 10 milhões. Por isso, sugiro ao governo que se empreste essa quantia e a cooperativa pagasse o valor com o produto: o leite”, sugeriu Tenório.
Ele lembrou que o dinheiro emprestado poderia sair do Fundo de Combate à Pobreza (Fecoep) que hoje tem 30% do seu total desviado para outras finalidades, a exemplo da construção de hospitais e unidades de pronto-atendimento na área da saúde.