Diversos produtores de Queijo Minas Artesanal do Campo das Vertentes se reuniram na tarde desta quinta-feira (25/11), em Coronel Xavier Chaves, para a entrega das premiações do 13° Concurso Regional do Queijo Minas Artesanal promovido pela Emater-MG em outubro.
No evento, cinco produtores receberam o Selo Arte, que concede o direito de comercializar os produtos em todo o território nacional.
A disputa envolveu 132 queijos das oito regiões de Minas Gerais – Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serras da Ibitipoca, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro. A comissão organizadora recebeu também inscrições dos municípios de São João Evangelista, Guanhães, Entre Rio de Minas e Porteirinha, que estão fora das regiões caracterizadas. Mas todos os queijos são registrados junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
O julgamento dos queijos do concurso foi realizado em Belo Horizonte. O júri foi composto por estudiosos da produção queijeira e por profissionais com ampla experiência na área
Vencedora
A vencedora do concurso, Maria Tereza Boari, se diz surpresa com a premiação. “A gente trabalha para ter um bom queijo, há uma preocupação muito grande com a qualidade, mas não esperávamos receber o prêmio, porque sabemos que estamos há pouco tempo trabalhando”.
Ela diz ter consciência de fabricar um queijo não tão bonito. Porém, o sabor é o que mais vale. “No caso da estética do queijo, sabemos que ele não é bonito e, apesar disso contar na avaliação, não é a maior nota. Vale mais o aroma e sabor, e o no nosso agradou muito aos jurados”.
Mesmo com o trabalho duro, Boari acredita os créditos também são do próprio queijo por ‘ter colaborado’ no dia. “Era um dia bom para o nosso queijo, porque ele é totalmente natural. Temos alguns controles de temperatura e sal, mas são pequenos comparados com a indústria. Então, o queijo estava bem. Nós trabalhamos para isso, mas o queijo também ajudou”.
Com 2964,8 pontos de 3.500 totais, a produtora artesanal acredita que ainda há pontos para melhorar a produção. “Nós não focamos e não vamos focar em concursos. Vamos olhar nessa pontuação o que agradou e tentar entender onde estamos falhando. Sempre nos preocupamos com os clientes, queremos receber os feedbacks”.
“E agora podemos dar uma olhadinha neste recurso a mais, que é a pontuação dos jurados, e tentar entender o que pode ser melhor. Nas poucas variáveis que eu posso interferir, como sal, temperatura e momento de virar o queijo, veremos até que ponto elas vão afetar um desses fatores para tornar o queijo melhor”, finaliza.