Fabricante anunciou fim da marca Bonafont em setembro. Confira o que está por trás da decisão
Em setembro deste ano, a Danone informou que encerraria a produção da marca Bonafont no Brasil. Com a saída, o mercado brasileiro deixa de ter uma marca da Danone voltada ao envase de água mineral. Desde que avisou o público consumidor da decisão, os produtos deixaram de ser fabricados e, à medida em que os estoques foram se esgotando, não foram mais repostos. Por isso, recomendou a empresa, o consumidor deve verificar a data de fabricação indicada nas embalagens para ter certeza de que está consumindo a água original.
Em nota, a companhia afirmou que a decisão faz parte da estratégia global da Danone que decidiu focar o negócio local nas categorias maiores. O plano, segundo a empresa, é o de focar em segmentos mais rentáveis no mercado brasileiro. “A decisão por descontinuar a categoria de águas no Brasil não afeta outros mercados em que Bonafont está presente e nem a categoria de águas da Danone no mundo”.
A Danone informou ainda que a marca Bonafont tem participação minoritária no portfólio da Danone Brasil e é comercializada, principalmente, no estado de São Paulo. “Focaremos a nossa atuação nas categorias de laticínios, produtos à base vegetal e nutrição especializada, o que permitirá alocar mais recursos em inovação contínua para atender às demandas de nossos consumidores”, complementou.
Por fim, a empresa afirmou que trabalharia para minimizar o impacto junto aos colaboradores, alocando-os em outras áreas “e garantindo condições adequadas de desligamento, incluindo pacote especial acima das exigências legais, programa de requalificação para equipe operacional e serviço de recolocação profissional especializado.”
Em 2020, a empresa já havia fechado duas fábricas da Bonafont em São Paulo e no Rio de Janeiro, rompendo contrato com pelo menos 211 funcionários. Em 2022, com o fim total da operação, a fábrica de Jacutinga (MG) foi oficialmente fechada.
Mercado dominado
A decisão é similar a tomada pela suíça Nestlé. Em 2018, a empresa vendeu negócio de águas para o brasileiro Grupo Edson Queiroz, hoje dono das marcas Minalba e Indaiá. Agora, sem as duas grandes multinacionais no páreo, a produção de águas no Brasil passa a ser representada por um único grande competidor estrangeiro: a americana Coca-Cola, fabricante da marca Crystal.