Levantamento foi realizado pelo Imea
No acumulado de janeiro a novembro de 2020, as exportações brasileiras apresentaram altas de aproximadamente 40% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que corresponde a um total de 22,78 mil t. Fatores como as altas cotações do dólar influenciaram para este cenário. As informações foram divulgadas pelo boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em relação às importações, o aumento foi menos expressivo: +14,89%, ou 151,70 mil, t neste mesmo comparativo. Para se ter uma ideia, somente o mês de setembro deste ano foi responsável por 18,00% deste total (23,16 mil t), em virtude das precipitações escassas enquanto a demanda esteve aquecida. Este é o maior volume importado da série do Imea que iniciou em 2017.
Dessa quantidade, a Argentina correspondeu com 60,23% dos embarques, seguida do Uruguai, com 56,46%. Este cenário é decorrente da Taxa Externa de Exportação Comum (TEC) de 28,00% para produtos lácteos fora do Mercosul, sendo mais viável para o país importar de nações pertencentes ao acordo.
O preço do leite pago ao produtor em novembro deste ano, referente ao volume captado em outubro de 2020, apresentou leve variação de 0,35% e ficou cotado a uma média de R$ 1,73/l no estado. O índice de captação aumentou 20,31% ante o mês passado. No entanto, este acréscimo foi pontual para algumas regiões de Mato Grosso (MT), dado que grande parte ainda relatou chuvas abaixo do esperado, o que influenciou na produtividade das vacas em lactação.
Em sentido oposto, o preço do leite na praça de São Paulo apresentou queda de 5,34% ante a outubro de 2020 e fechou a uma média de R$ 2,04/l. Mesmo com a produtividade abaixo do esperado, o consumo reduziu com mais intensidade, puxando o preço para baixo. O diferencial de base entre Mato Grosso e o estado de São Paulo (Cepea) estreitou em 27,62% no comparativo mensal e ficou em torno de –R$ 0,32/l.