Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (08/04) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -92 milhões de litros em equivalente leite no mês de março, uma queda de 10% quando comparada a fev/21 (ou seja, a balança ficou “menos negativa”).

Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (08/04) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -92 milhões de litros em equivalente leite no mês de março, uma queda de 10% quando comparada a fev/21 (ou seja, a balança ficou “menos negativa”).

Com a alta nos preços internacionais dos últimos eventos do leilão GDT e o dólar se sustentando em patamares elevados, tivemos em março, um leite brasileiro competitivo no mercado internacional, e o produto estrangeiro “caro” para chegar ao Brasil.

Como resultado, houve um aumento de 59% nas exportações brasileiras em relação a fev/21 (em equivalente litros de leite), e se compararmos com o mesmo período do ano passado, vemos um valor 40% maior. O volume importado, por sua vez, foi 6% menor em relação a fev/21. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos (2017 -2021).

Apesar da tomada de fôlego para os lácteos no início de março, no fim do mês o novo lockdown na maioria das cidades e a demanda enfraquecida prejudicaram o ritmo de vendas para os derivados, resultando num mercado interno retraído.

Os preços continuam mornos e os estoques em patamares elevados para os queijos.  Esses fatores, em conjunto com a alta nos preços internacionais, foram determinantes para a redução das importações no mês de março.

Entre os produtos importados, os leites em pó e os queijos foram aqueles com maior participação na pauta importadora em março. O leite em pó integral foi aquele que apresentou variação negativa mais relevante, -65% em relação a fevereiro de 2021.

Em relação às exportações, os produtos que sustentaram o aumento no mês de março foram os leites condensadoscremes de leite, queijos e o leite UHT, que juntos representaram o total de 78% de todo o volume exportado.

O leite condensado sozinho teve 31% de participação, com aumento de 188% em relação ao mês anterior. Apesar de volumes não muito significativos, o mês de março possibilitou um salto positivo nas variações de alguns produtos como o soro de leite (+733%), o leite em pó semidesnatado (+308%), o leite evaporado (+338%), as manteigas (+309) e os doces de leite (+209%).

No último leilão GDT, os preços internacionais do leite em pó integral se mantiveram estáveis, fechando em US$ 4.085/ton. No entanto, apesar da ‘estabilidade’ este valor é pouco competitivo com os nossos preços internos, que giram em torno de US$ 3.800/ton no momento. Assim, a janela para a exportação do produto segue aberta.

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de março desse ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em março de 2021.

exportação de leite brasileira

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