Produto que mais cresceu nas exportações é o leite em pó integral.
A Argentina está no mês de pico da produção sazonal que ocorre historicamente em outubro de cada ano. Desde 2015, nunca houve tanto leite e o volume acumulado de janeiro a setembro de 2020 é 8% superior ao do mesmo período de 2019, representando um extra de 2,2 milhões de litros por dia. Felizmente, o mercado internacional está suficientemente aquecido para que a indústria local esteja exportando 46,2% a mais que no ano passado. O consumo, em meio a uma pandemia, é 2% maior do que o observado em 2019 no mesmo período. Embora o nível de estoques esteja maior do que há um ano, eles não chegam a um mês de leite, trazendo alívio ao produtor. Os preços das matérias-primas começaram a subir a partir de agosto.
As exportações de lácteos da Argentina se recuperaram basicamente por três fatores: a maior disponibilidade de matéria-prima que supera a capacidade de consumo do mercado interno, mercado internacional que apesar de todas as projeções e expectativas negativas mantém o preço do leite em pó (principal produto lácteo exportado) por um valor conveniente e as exportações para o Brasil e Argélia foram ativadas.
O produto que mais cresceu nas exportações é o leite em pó integral com +109% em volume e +111% em valor. As perspectivas são animadoras, já que o mercado futuro está em média US$ 3.112/t na Oceania (NZX) para outubro, novembro e dezembro. Isso combinado com um dólar futuro, médio para o mesmo período, de 83 pesos/US$ colocaria um piso de capacidade de pagamento de 21,5 pesos (US$ 0,28) por litro de leite ao produtor.